O Fim dos Tempos (The Happening)
Direção: M. Night Shyamalan.
Roteiro: M. Night Shyamalan.
Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Ashlyn Sanchez e Betty Buckley.
Ano: 2008.
Gênero: Suspense.
Tempo: 91 min.
Sinopse: Uma família está em fuga de um fenômeno inexplicável e irreversível, que ameaça não somente a humanidade, mas o mais básico dos instintos: o da sobrevivência.
O grande problema que ainda vai percorrer durante muito tempo (ou para sempre) a carreira do grande Shyamalan são as expectativas geradas em torno de cada filme que ele lança. Se existe um material promocional de um novo filme seu, está lá estampado: “Do criador de Sinais e O Sexto Sentido…”, leve fé, isso conta ponto negativo para ele. Depois de uma grande expectativa gerada em torno de seu mais novo filme, pelos teasers, trailers e imagens, o que se vê mundo afora são críticas muito pesadas e negativas e no geral, um desagrado do público que foi ao cinema assistí-lo.
Eu sou fã confesso de seus filmes, principalmente Sinais e A Vila (sim, aquele que quase todos odiaram) e o que tenho a dizer é que “O Fim dos Tempos (The Happening)”, foi um filme que falhou em alguns aspectos, mas não chega a ser um péssimo filme ou perda de tempo como alguns estão esbravejando por aí. Você ainda consegue ver em “O Fim dos Tempos” os ‘elementos‘ e ‘diferenciais‘ que existem em seus filmes, mas acredito que as atuações fracas e a forma que a trama foi apresentada, e principalmente, finalizada, deixaram muito a desejar.
Para não estragar a diversão de quem ainda não viu, vou falar pouca coisa da história. Uma toxina desconhecida é o motivo dos suicídios loucos (que vimos nos trailers e materiais promocionais) das pessoas. Ela vem não se sabe de onde e muito menos o motivo ou ainda quem é o responsável. O que pouco se sabe é que ela age no cérebro da pessoa, atacando seu instindo de sobrevivência. Correndo do caos que se tornam as cidades atacadas, Elliot Moore (Mark Wahlberg) – um professor de Ciências – tem que fugir com sua esposa Alma (Zooey Deschanel), e logo de início você já vê que o relacionamento dos dois não vai muito bem. Junto com eles segue a filhinha de seu amigo Julian (John Leguizamo), a garotinha ‘indefesa’ Jess (Ashlyn Sanchez).
Temos cenas bastante ‘impactantes‘ e vários suicidios em massa assim que começa o filme. Nesse ponto e em mais alguns à frente vemos Shyamalan fazer o que sabe de melhor, causar suspense com ‘pouca coisa‘, digamos assim. Ele não precisa de sustos fáceis ou cenas tão impactantes, apesar de algumas mortes nos filme serem bastante fortes. O grande problema desta sua mais recente obra, em minha opnião é lógico, são as fracas atuações, principalmente de quem deveria ‘carregar o filme‘ o protagonista principal Mark Wahlberg. Durante o decorrer da trama o que se vê são cenas rasíssimas de romance e discusão de relação durante os trágicos momentos. Aparecem também alguns personagens bastante desnecessários e ainda achei que o final foi terrível. Deixa margem a uma continuação de algo que para mim, só acreditei que tinha terminado quando vi os créditos finais. Parece tudo passar muito rápido, eu fiquei esperando por um clímax que não surgiu.
De fato recomendo este filme apenas àqueles que gostam de toda a carreira deste talentosíssimo (sem dúvidas) diretor-roteirista-ator indiano. Se você é daqueles que só gostou de “O Sexto Sentido”, e ainda acha que aquele foi o único filme que ele fez de bom, nem vá ao cinema, pois você vai sair decepcionado como muitos. Eu adoro seus filmes, e neste os seus elementos mais marcantes estão lá, como ter ‘uma família‘ enfrentando problemas gigantescos ou extraordinários, e principalmente, as superações são exibidas sempre de forma bastante inteligente e genial. Porém, aqui em “O Fim dos Tempos“, tudo parece ser executado em um tempo errado, com um filme de ritmo lento quando deveria ser ao contrário. Um filme apenas regular, e que para mim foi o menos empolgante da brilhante carreira de Shyamalan.
Mesmo assim, ao contrário do que muitos estão alarmando por aí, não acho que tenha sido um passo atrás, ou um retrocesso, penso apenas como um filme com muito potencial, que gerou muita expectativa e apenas não aconteceu. Quem sabe se o filme fosse dirigido por algum estreante ou desconhecido não estariam todos comentando que esse seria o “novo Shyamalan“, ou seu discípulo sei lá? O fato é que todos conhecemos o potencial do senhor M. Night, e este seu filme realmente foi fraco para uma carreira tão brilhante.
Eu achei um filme médio, com alguns bons momentos e outros até risíveis (aquele em que walber conversa com uma planta heheh). Mas sei la… Eu não gostei de nenhum filme de Shyamalan, só Sexto Sentido que é bonzinho.
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Man, suas resenhas estão deixando de ser de pessoa comum viu.
Sua argumentação citando atuações, ritmo coisa e tal, impressionante. Agora não tem mais volta, você já foi consumido pelo lado negro da força dos críticos chatos.
Bem vindo ao time!
ahauhauhauhauahuh
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Ramon: Yes Milord! Uoooohhhh!!!
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Eu realmente gostei do Sexto Sentido e de A Dama da Água (fui um dos poucos), mas os problemas deste filme são graves. O motivo do casamento dos personagens principais estar dando errado foi uma surpresa infeliz. A falta de um climax final também me desagradou.
Vou citar uma crítica de um site americano cujo autor não lembro: No Acontecimento (título original do filme) não acontece muita coisa. Foi este o sentimento que tive ao sair do filme.
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Acho que sou um sujeito que enxergo cinema de forma diferente, não é possível. “O Sexto Sentido”, “Sinais” e “Dama na Água” são 3 bostas. Não consigo entender toda essa badalação com “O Sexto Sentido”, uma porcaria de filme em todos os aspectos. E esse “O Fim dos Tempos” não perde em nada em termos de ruindade, é um outro xixi. No entanto, “A Vila” é um filme maravilhoso, assisti duas vezes em seguida, sem parar nem pra fazer um lanchinho. Agora, em todos os filmes a marca única do diretor está sempre presente, seu trabalho é sem dúvida alguma autoral e, com isso, tanto no belíssimo “A Vila” quanto nas demais bostas supremas, percebemos a assinatura singular de um artista.
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Phillipe, cada um tem sua forma de enxergar mesmo e a sua é a sua, penso assim. Tem muito filme que ‘todos curtem’ que eu tb nao consigo entender porquê e assim o mundo caminha.
Eu tb estou no pequeníssimo grupo de pessoas que adoraram o filme “A Vila”.
Abração e valeu pelo comentário.
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O M. Night está ficando muito repetitivo e cansativo, curti muito não…
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me arrependi de ter alugado esse filme!
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Eu com certeza teria adorado A Vila se não fosse aquela propaganda super mentirosa e sensacionalista que fizeram em cima do filme.
Entendo que é um filme diferente e com uma ótima msg.
Só que infelizmente foi vendido como O FILME DE TERROR DO SÉCULO!!!
Já esse Fim dos Tempos (afinal vim aqui comentar sobre esse), tb tem uma msg interessante porém, achei o roteiro muito perdido.
Sem contar os erros de filmagem que me tiraram toda a atenção do filme.
Teve uma hora que eu desisti de prestar atenção e comecei a contar quantas vezes o microfone aparecia em cena, pq só dava pra prestar atenção nisso. O microfone praticamente roubou o papel do Mark como protagonista.
Pra ver um filme do M. Night eu penso duas vezes. Adorei Sexto Sentido, odiei Sinais, fiquei p. da vida quando vi A Vila (apesar de depois que passou a raiva de ter sido enganada, deu pra refletir sobre a msg importante do filme) e Dama da Água eu não tive coragem de enfrentar.
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Nathalia, com certeza a expectativa e também essa propaganda “enganosa” que fazem em cima dos filmes de Shyamalan (depois do sucesso com 6º Sentido) são prejudiciais.
Também achei este filme aqui muito fraco. Agora, tanto “A Vlia” como “Sinais” e até “Corpo Fechado” que você não citou são ótimos, em minha opinião.
A Dama na água é razoável ainda mais se você entender como uma crítica que o diretor fez com todo mundo que reclamava dele.
Grande abraço !
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