Não seria leviano dizer que finalmente True Blood começou, depois do ótimo e divertido episódio anterior parece que a série está novamente trilhando aqueles caminhos tortos, violentos e insanos que tanto gostamos.

Alguns arcos de histórias estão se ‘encontrando’ e alguns mistérios estão, aos poucos, sendo resolvidos. Fora tudo isso tivemos neste sexto episódio da terceira temporada cenas quentes (heterossexuais ou não) e mais um final com uma cena que deixa um belo e instigante gancho para o que podemos esperar pela frente.

I Got a Right to Sing the Blues, 3º Temporada, Episódio 06

Se tem uma coisa que acho bastante engraçada na série é como eles conseguem rodear uma historinha de romance (são várias eu sei, mais vamos focar em Sookie e Bill) com tanta coisa maluca, tanto sangue, violência, sexo e um monte de insanidade doentia sem soar forçado.

O episódio começa exatamente onde terminou o anterior, com Bill sendo trazido para ser torturado por Lorena (o que ela tem de insuportável tem de linda) junto com Sookie, para ser ‘estudada’ e ‘avaliada’ por Russel que seguiu conselhos de Eric, que se mostrou indiferente à moça. Ou seja, altas confusões do barulho. Aliás, essa indiferença de Eric pela garçonete telepata soltadora de raios pelas mãos só deve ser para protegê-la. A melhor cena dos dois neste episódio foi quando ele literalmente calou a boca nervosa e tagarela da loirinha.

Para conseguir salvar Sookie e Bill desta enrascada, Tara mostra força e coragem. Sério, não sei onde ela encontrou tanta violência para primeiro rasgar o pescoço do psicótico maluco do Franklin e depois esmagar a sua cabeça. Vocês acreditam mesmo que um personagem tão espetacular como o dele vai morrer só por causa disso? Tara tinha que aprender como destruir um vampiro com os Garotos Perdidos, isso sim.

Quando Eric está em missão com o rei que propõe uma união de aparências com Sophie Anne para ser sua esposa e salvar a vampira do buraco, vemos que o motivo dela ser rainha talvez não seja simplesmente a idade até porque o viking disse que era mais velho, e portanto mais forte, que ela. Claro, tudo isso ele está fazendo para conseguir a sua tão sonhada vingança. Engraçado como todos conseguem, de certa forma, ludibriar Russel com um falso apoio.

Já em Bon Temps as coisas andam circulando como de costume. Jason volta a ser Jason aos poucos e a vampirinha Jéssica continua mostrando que ainda está tendo problemas, talvez precise de Bill para segurar um pouco seus instintos. Até quando dá uma forcinha para Arlete, que continua divertidamente insuportável, ela se aproveita.

A família buscapé de Sam finalmente teve o mistério revelado, nada de pedofilia ou porradinhas do papai bêbado, o lance é rinha de cães. Quem diria? É aquela básica e clichê historinha familiar com Sam enxergando em seu pequeno irmão uma esperança de salvação enquanto seus pais só querem usá-lo, enfim, ainda que não seja nada de outro mundo não é de todo mal esse arco da família Merlotte.

Claro que eu não poderia deixar de falar sobre Lafayette e Jesus que proporcionaram, ao menos para mim, uma certa tensão. Vai rolar toda aquela discussão de homofobia e juro que não quero entrar nesse papo, se tivesse algum problema com isto não acompanharia e gostaria tanto desta série, que é totalmente livre de preconceitos. Agora meus caros, dizer que eu não fiquei virando a cara ‘praquele’ agarra agarra seria mentir para vocês. Bom, agora que os dois possuem um problema entre eles, a paixão de Lafayette vai ser resolvida ainda mais para frente, ele merece se acertar, apesar de que isso seria tirar parte da graça do seu personagem.

O gancho final com Sookie sendo mordida por Lorena deixou uma excelente expectativa para o que está por vir. Mistérios, cenas de tortura, tensão (pan)sexual e algumas reviravoltas, é o bom e velho True Blood voltando à ativa.

E para finalizar, a título de curiosidade, existe um blues (logicamente) chamado I Got Right to Sing the Blues, veja no youtube a canção e dê uma olhadinha na letra também.

Próximo Episódio

O sétimo episódio desta terceira temporada vai ao ar lá fora neste domingo (1 de Agosto, também conhecido como meu aniversário) e se chamará “Hit the Floor”. Já gostei do nome, da data de estréia (parabéns para mim) e, se seguir o ritmo dos seus 2 últimos antecessores, todos os fãs irão agradecer com orgulho.