Comer Rezar Amar (Eat Pray Love: Romance, Drama, Biografia – 2010, 133 min)
Dirigido por Ryan Murphy com roteiro de Ryan Murphy e Jennifer Salt adaptando livro de Elizabeth Gilbert. Estrelando: Julia Roberts, Billy Crudup, James Franco, Richard Jenkins, Javier Bardem, David Lyons, Christine Hakim, Anakia Lapae, T.J. Power, Tuva Novotny, Hadi Subiyanto, I. Gusti Ayu Puspawati e Viola Davis.
A primeira coisa que vem a mente de qualquer homem ao pensar em “Comer Rezar Amar (Eat Pray Love)” é que trata-se apenas de mais um “filme de mulher”. Contribuem para sedimentar este pensamento a presença de Julia Roberts interpretando a protagonista e também por se tratar de uma adaptação do best-seller homônimo e autobiográfico de Elizabeth Gilbert que tem aquele jeitão de obra de ‘auto-ajuda’.
Histórias de transformação não são novidades para mais ninguém, a gente sempre sabe que alguém vai sair de um ponto A (geralmente muito ruim) e vai percorrer um caminho até o ponto B, onde tudo finalmente fará sentido. A grande questão é que, apesar de termos a trajetória aqui de uma mulher “de coragem”, acredito que até mesmo os homens podem tirar algum proveito, nem que seja apenas como entretenimento pois é um filme que, pelo menos, não ofende e chateia o cérebro masculino (experiência própria).
Na trama conhecemos “Lis” (Julia Roberts) que após perceber que está infeliz em seu casamento passa por um complicado divórcio e tenta viver a sua vida da melhor forma. Depois de se envolver com um ator (James Franco, Milk – A Voz da Igualdade) e ver que ainda não é uma pessoa feliz, ela decide viajar por um ano. Começa na Itália (comer), passa pela Índia (rezar) e termina em Bali (amar).
Durante o seu percurso ela conhece pessoas importantes que, invariavelmente, mudam a sua vida. As duas primeiras metades são as mais descontraídas e que divertem mais. Á última parte é quando a trama se transforma numa pequena (e manjadíssima) comédia romântica, com aquela velha fórmula que eu e você já estamos cansados de assistir.
O elenco é muito bom, desde Julia Roberts até Viola Davis todos trabalham direitinho. Só mesmo Javier Bardem (Onde os Fracos Não Tem Vez) que incomoda um pouco já que ele interpreta o brasileiro Felipe com um sotaque meio forçado, um portunhol arranhado que eu até relevei. O que não deu pra relevar foi o fato dele falar que aqui é comum a gente sair beijando os filhos na boca, mas tudo bem, não é realmente algo tão estranho de se ver né?
Apesar de não ser uma obra original, “Comer Rezar Amar” consegue entreter por ser um filme leve e gostoso de se assistir. Tá bom que temos Julia Roberts e todo aquele papinho de mudanças, casamentos infelizes e a procura da real felicidade, mas não é nada que incomode. Agora, é óbvio que quando se tem dinheiro para passar um ano viajando pelo mundo, fica difícil você não conseguir ser feliz.
É man, tenho interesse nesse filme não.
ehhehehe
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Tenho um leve interesse, mais é tão leve que chega a dar preguiça de ir até ao cinema para vê-lo
…
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Verdade, Márcio, Javier Bardem é a coisa mais estranha do filme com seu “brasileiro” ouvindo Bossa Nova.
E você tem toda razão quanto ao dinheiro, tendo é fácil tirar um ano para viajar pelo mundo, né?
bjs
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Ramon e Alan, realmente não é nada imperdível, podem deixar passar sem problemas 🙂
Amanda, pois é como é que eu fico preocupado com a vida e infeliz podendo passar 1 ano fora viajando “de boa”? Impossível hehehe
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Realmente, man, essa história de que pais e filhos beijarem na boca por aqui ser gesto de carinho, passou meio batido por mim. De que Brasil eles estão falando afinal?!?
De qualquer forma, gostei, especialmente de Bardem. Mas sem dúvida o primeiro ato, a parte do ‘Comer’ (a Itália) foi a mais proveitosa.
Ainda assim o filme está longe de ser ruim. Mas também está longe de ser a melhor obra de ‘auto-descoberta’ já feita.
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Sim, não é mesmo um filme de outro mundo, é bem simples até. Mas como você falou, o início na itália é bem divertido e na índa também é legal.
A parte final, em Bali, virou um média metragem de comédia romantica.
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Uma experiência chata, esse filme de Julia Roberts. Tudo é bonitinho, fofo, certo e arrumadinho, um vazio sem fim, uma trip de uma mulher rica, fútil, entediada, que está em “busca espiritual”, e pode se divertir mundo afora com o dinheiro que tem – comer na Itália, rezar na Índia (de repente, me senti de volta àquela terrível novela da Globo devido ao casamento kitsch de que ela participa ) e encontrar Javier Bardem em Bali. Julia só sabe ser Julia Roberts e Javier Bardem está um vexame. Mas a beleza da Itália (e a gostosura de sua culinária) dão uma levantadinha no filme. Que, além de chato, é desnecessariamente longo.
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