Cinema e futebol, duas ‘artes’ apaixonantes. É uma pena que quando combinadas o resultado quase sempre não é dos melhores. Filmes sobre futebol caem naquela cilada de cenas mescladas do ator com partidas fictícias e bastante inverossímeis. Talvez o formato do documentário seja realmente o ideal para unir estas duas paixões que carrego comigo.
Participei de uma promoção no CinePipocaCult e consegui convite para conferir na sala de arte da UFBa uma das obras que estavam sendo exibidas na Mostra de Cinema Italiano. O documentário “A Taça Rimet: A Incrível História da Copa do Mundo” segue o formato tradicional, mesclando depoimentos com cenas da época, mostrando algumas curiosidades a respeito da Taça Rimet e da Copa do Mundo até o seu desaparecimento.
Na verdade trata-se de um filme encomendado pela RAI (Emissora televisiva italiana) e foi um trabalho conjunto de 3 diretores, César Meneghetti, Filipo Macelloni e Lorenzo Garzella. César é brasileiro e inclusive participou da exibição e fez alguns comentários e respondeu algumas perguntas da plateia ao final da exibição, foi muito boa a presença dele.
Confesso que fui assistir com um pé atrás, mas a habilidade de mesclar depoimentos de famosos com pessoas comuns e contar alguns relatos curiosos que nunca tinha ouvido falar, mostra que os diretores acertaram a mão e entregaram assim um produto que consegue ser divertido e ao mesmo tempo muito interessante.
Seguimos a trajetória da Taça Rimet, que se confunde com a própria história da copa do mundo, desde o início das disputas mundiais até o seu sumiço. A seleção que conseguisse vencer três copas do mundo, levaria a taça para casa. O Brasil teve essa honra, porém em 1983 ela sumiu e diversas vertentes e histórias ficaram no ar.
Desde seu primeiro sumiço na Inglaterra onde um cachorrinho a encontrou, até a marmelada das investigações e do fraco esquema de segurança em torno deste objeto tão cobiçado, muitas histórias curiosas deixam no ar algumas dúvidas ao contrário de responder o que realmente aconteceu, afinal, isso só Jules Rimet sabe.
Um trabalho realmente interessante e que não deve aportar nos cinemas por aqui. O esforço do circuito de arte em trazer obras como esta para Salvador merecia até mais interesse por parte do público, que ficou devendo um pouco. Para vocês terem ideia a legenda era feita por um funcionário local e ela aparecia numa “extensão” abaixo da tela do filme. Se isso não é amor a arte eu não sei mais o que é.
Pois é, Márcio, o esfoço da Sala de Arte para nos trazer filmes raros deveria ser mais valorizado mesmo. A própria promoção teve pouca adesão … Triste.
Mas, o filme é bem interessante como você falou. Que bom que podemos contar com eventos assim.
bjs
CurtirCurtir
Percebi que você disponibilizou mais ingressos do que pessoas interessadas em participar da promoção.
Quer dizer, o publico não se interessa nem quando é de graça, complicado.
CurtirCurtir