Enterrado Vivo (Buried)

Tensão, suspense e muita angústia num espaço diminuto e bastante claustrofóbico, assim é “Enterrado Vido (Buried)”, trabalho de estreia do diretor espanhol Rodrigo Cortés. A coragem, digamos assim, de levar toda uma história com cerca de 1 hora e meia de duração de um sujeito lutando desesperadamente para se salvar de dentro de um caixão premia muito bem quem gosta de ótimos suspenses.

Toda a ‘ação’ é destinada à luta de Paul Conroy (Ryan Reynolds, Férias Frustradas de Verão, A Proposta) que acorda dentro de um caixão amarrado. Ao seu dispor ele primeiramente encontra um isqueiro e um celular. A partir dos telefonemas que ele vai fazendo, seja com quem o colocou naquela situação, seja  com familiares ou autoridades públicas na qual ele pede socorro é que toda a trama se desenrola.

Antes tido apenas como um suspiro para o público feminino, Ryan Reynolds consegue trabalhar bem e demonstrar habilidade em nos deixar apreensivos a todo momento. Inclusive me deixou menos preocupado com sua futura missão de interpretar um grande herói dos quadrinhos, o Lanterna Verde.

Conseguir deixar o espectador tenso e apreensivo com tão pouco é algo que admiro bastante em obras do gênero. Pouco importa se durante o filme são apresentadas algumas críticas manjadas a toda essa história dos EUA e guerras, a forma como a mídia ou os donos de companhias levam as coisas, sempre querendo “tirar o seu da reta” (como dizemos aqui em Salvador). O destaque mesmo fica com a forma que toda a história vai sendo conduzida, deixando de tempos em tempos pistas de como tudo aconteceu.

E se desde o início o filme nos prende de forma tão hábil, o desfecho chega para provar que “Enterrado Vivo” trata-se de um suspense diferenciado, um ótimo filme.


 

Enterrado Vivo (Buried, Suspense – 2010: 95 min)

Dirigido por Rodrigo Cortés com roteiro de Chris Sparling. Estrelando: Ryan Reynolds.

20 comentários sobre “Enterrado Vivo (Buried)

  1. Há algumas semanas, li no caderno de fim de semana de A TARDE comentários de leitores divididos entre os que gostaram e outros que não. Nem ia assistir ao filme, mas depois disso fui lá conferir.

    Sou do time dos que gostou, mas deu pra ver lá na sala mesmo após o o término alguns dizendo que o filme foi horrível. Ou seja: filme não recomendado para o público blockbuster e que leva a namorada junto.

    Quem gosta mesmo de cinema deve adorar o final, que é bem corajoso.

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    1. Bom Caio, eu adorei o filme e realmente não é indicado para este tipo de público que você comentou.

      Muita gente tá acostumada a assistir filmes manjadinhos e quando se depara com um cara dentro de um caixao durante 1 hora e meia “estranham”.

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  2. Man, assisti esse filme ontem e curti bastante.
    Vi com a patrôa, cunhada e minha sogra. A opnião geral é que o filme é tenso porém não tão especial assim.

    No final dos créditos ainda tem mais 18 segundos de filme, não acrescenta em nada só deixa uma deixa ” será que ele ficou vivo ou ali é outro enterrado vivo”

    valeu, boas festas

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  3. Assisti agora é muito bom mesmo, principalmente a seqüencia final.

    O problema é que eu fiquei durante todo o filme pensando na cena da noiva enterrada em Kill Bill … Quem mandou o mané não fazer um treinamento com Pai Mei ??? Umas porradinhas no caixão e ia embora.

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  4. Uraí, só pela coragem de lever um filme com um ator apenas dentro de um caixão e conseguir prender atenção e suspense até o final, acho que merece ser tido como um filme de destaque.

    Marcelo, eu tava com os mesmos pensamentos, ainda mais quando eu vi aquela areia fina desabando eu pensei “cava pra cima rapaz”. Pai Mei salvaria muitas vidas!

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  5. Gostei desse filme, uma ideia corajosa merece mesmo destaque. Eu fiquei com um “pé atrás” por causa do Ryan Reynolds, que para mim não passava de um cara legal para filmes pipocão, mas ele realmente está muito bem em cena;

    Na sala que eu estava, achei engraçado uma adolescente que lá pelos 20 minutos de filme começou a comentar com a amiguinha: “vem cá, só vai mostrar ele preso no caixão o filme inteiro?” – ai ai…

    Ps’ Não sabia da cena extra no final dos créditos que o Urai falou. Vou dar uma olhada =)

    Abraço Galera, Boas festas.

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  6. Achei o início entediante, mas esse negócio de filme de baixo orçamento me agradou. hehe. Acho o início massa, uma cena no escuro, onde a gte só ouve (não vê) o desespero do cara, mostrando de cara ao que o filme veio. Mas o final eh o melhor trunfo msmo, sem dúvidas. ;*

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