Falar de vida após a morte sem cair no clichê religioso não é tarefa das mais fáceis, e é justamente isto que faz o mais recente filme de Clint Eastwood “Além da Vida (Hereafter)”. Mesmo se tratando de um dos seus trabalhos menos interessantes, o quase oitentão sabe fazer cinema e consegue emocionar e fazer seu tempo valer a pena ainda que o ritmo seja um pouco arrastado.
Na trama seguimos três histórias paralelas de pessoas envolvidas com questões a respeito da morte. Uma francesa (Cécile de France) sofre uma experiência de quase morte após uma Tsunami no Tailândia, um jovem precisa lidar com a perda de seu irmão gêmeo em Londres e um médium americano (Matt Damon, “Invictus”) tenta levar uma vida normal apesar do seu ‘dom’ ser requisitados a todo instante por diversas pessoas.
A forma um pouco monótona que “Além da Vida” segue até as histórias engrenarem (demora um pouco) trata-se do maior problema do filme, ainda assim, a meneira como tudo é conduzido aliada a um belo trabalho do elenco com personagens críveis e tocantes (lá eles), faz tudo valer a pena. Matt Damon repete a parceria com o ‘velhinho’ de forma discreta mais digna, agora, o grande destaque vai mesmo para os gêmeos Frankie e George McLaren, sendo inclusive um deles o responsável por fazer muitos chorarem.
Apesar de “Além da Vida” estar um pouco aquém dos trabalhos mais contundentes de Clint Eastwood, trata-se de um bom filme que consegue emocionar sem cair na pieguice ou, pior, sem entrar nas ciladas de discussões sobre religiosidades e afins.
Além da Vida (Hereafter – Drama: 2010 – 129 min)
Dirigido por Clint Eastwood com roteiro de Peter Morgan. Estrelando: Matt Damon, Cécile de France, Frankie McLaren e George McLaren.
Esse filme tá demorando muito para estreiar aqui na minha cidade. Meu entusiasmo diminuiu um pouco, mas ainda quero ver!
p.s.: tá dificil conferir as estreias do cinema, viu.
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Eu até gostei da forma como as histórias foram se encaixando, mas achei que o filme ficou muito longo e um pouco cansativo. Além de deixar muito no ar algumas coisas, como no mundo pós-morte, um lugar onde as pessoas estão lado a lado paradas, só isso?
Beijos,
Vanessa Sagossi
comentandoofilme.blogspot.com
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Na hora que o filme resolve ir pra algum lugar ele acaba.
eehehehe
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Seu comentário está perfeito, melhor definição não existe presse filme hehehe
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Não achei tão monótono quanto você, apenas a história da francesa é um pouco mais fraca, mas tem uma das melhores cenas do filme que é o início. Achei o drama honesto, realista e realmente me encantou.
E concordo que o fato de não entrar na questão religiosa um ponto forte do filme.
bjs
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Ramon disse tudo. O véinho errou a mão nesse, mas tem bastante crédito pra queimar.
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Tambem concordo que o destaque vai para os gemeos! Gostei bastante do filme, acho que Eastwood conseguiu nao jogar a corda pra nenhum dos lados especificos. A trilha achei meio pesada, por vezes ate exagerada. Tb achei meio enfadonho as cenas com Marie… tirando a cena do tsunami, claro, rs…
Abs!
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A cena do Tsunami é sensacional mesmo!
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Gostei desse filme. Alguns momentos ele é meio paradão, mas não chega a ser CHATO. Acho que um tema delicado como esse não pode ser mostrado num ritmo frenético, pois soaria meio falso, sei lá… Não consigo não gostar do estilo do Clint. =]
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Me apaixonei, chorei, pensei, refleti e aprendi! Pessoal, a moral da historia é: valorize quem vc ama enquanto pode tê-la ao seu lado pois nem um vidente como o personagem de Mat é capaz de saber se teremos oportunidade de reencontrar e tocar novamente nas pessoas que amamos! Portanto, ame enquanto nao e tarde demais para isso!
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“HereAfter”(Outra Vida) tem como diretor Clint Eastwood que é mestre em dramas e conflitos interiores, e com Hereafter ele prova que é possível alinhar bons efeitos especiais (embora seja em poucas cenas) com boa historia.
Para entrar no universo do filme, deve-se antecipadamente abrir sua mente para assuntos que para muitas pessoas é um tabu, em geral por motivos religiosos. Para quem já é um entusiasta na temática espírita (eu) e assuntos de cunho sobrenatural, será mais fácil digerir a história.
Três historias são contadas de forma sincronizadas, uma importante Apresentadora que sobrevive ao Tsunami passando pela experiência “quase morte”(perdendo sua credibilidade profissional ), a do Médium que recusa seu dom (alegando ser uma maldição), e o melhor e mais comovente, um garoto que perde seu irmão mais velho (uns minutos, gêmeos) e luta para encontrar respostas para o que há após a morte.
Clint nos permite se apegar aos personagens e suas particularidades, principalmente a historia do garoto, no qual o irmão que guiava em suas decisões, e nos permite também questionar para o que é a vida? O que há alem da vida? E sentimos estar nesta jornada também, e ao final respiramos fundo e colhemos fragmentos do que o filme quis nos passar.
Abra sua mente, questione sua vida, questione a vida como um todo! Nota: 7/10
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Olha aí Fábio, que beleza, mais que um comentário, uma crítica do filme.
Abração !
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