127 Horas (127 Hours)

Quando soube do que se tratava “127 horas (127 hours)”, por mais que tivesse a direção do grande Danny Boyle, que fez filmes que amo como “Transpoiting” e “Extermínio”, não me interessei nem um pouco em assistir, confesso. Só que depois das 6 indicações ao Oscar, incluindo ai a de melhor filme, não tive escapatória e acabei sendo surpreendido com um ótimo filme que conta com uma direção interessante e, principalmente, uma atuação impressionante de James Franco (“Comer Rezar Amar”, “Milk – A Voz da Igualdade”).

A trama é baseada na história verídica de Aron Ralston, um aventureiro/alpinista que fica preso (pelo braço) ao cair de uma fenda em uma pedra. Para sobreviver, e conseguir escapar, ele recorre a medidas desesperadas.

No mundo real, pelo que andei pesquisando já que não conhecia a história antes de ouvir falar a respeito deste filme, Aron Ralston – interpretado no filme magistralmente por James Franco – se tornou um ‘herói’ e símbolo de luta pela sobrevivência, inclusive escreveu um livro (que serviu também de base para este filme).

Sem entrar muito nos detalhes das tais medidas desesperadas que Aron utiliza para escapar e sobreviver das tais 127 horas de penúria, posso lhe dizer que a “cena principal” do filme é de uma dor excruciante, agonia elevada à décima potência. Por pouco não tive que fechar meus olhos.

Existe uma semelhança entre “127 horas” e “Enterrado Vivo” já que estamos falando de filmes “solo”, onde basicamente temos apenas um ator o tempo todo na tela lutando para se safar da morte. A diferença é que aqui, Danny Boyle traz elementos interessantes que deixam o filme menos “solitário”, ele mescla lembranças e devaneios de Aron aos acontecimentos reais e também temos algumas participações pequenas de coadjuvantes em cena. Sem contar todo o “jogo” de imagens e a excelente trilha sonora. Uma pena ele não ter sido indicado ao prêmio de melhor direção.

Contando com um trabalho excelente de James Franco que nos entrega uma atuação extremamente inspirada, nos fazendo sentir agonia, arrependimento e desespero como se fosse a gente que estivesse naquela situação, aliada ainda a uma direção muito competente do sujeito que abocanhou 8 Oscars com “Quem Quer Ser um Milionário” e, não menos importante, baseado em uma incrível história de luta e garra pela sobrevivência, “127 Horas” se mostra um ótimo filme e que vale muito a pena ser visto nos cinemas. No Oscar, infelizmente, acho que vai acabar passando ‘batido’.


127 Horas (127 Hours: Drama, Aventura, 2010 – 94 min)

Dirigido por Danny Boyle com roteiro de Danny Boyle e Simon Beaufoy adaptando livro de Aron Ralston. Estrelando: James Franco, Kate Mara, Amber Tamblyn, Treat Williams, Kate Burton e Clémence Poésy.

12 comentários sobre “127 Horas (127 Hours)

  1. PorraMan, que bom que tu gostaste. Apesar de curtir os filmes do Danny Boyle e o seu estilo videoclip, não gostei desse. O começo é interessante, a sacada das imagens de braços de pessoas, o ritmo acelerado, etc. A atuação James Franco é excelente. Mas do resto, achei o filme um tédio. O cara prende o braço com 10 minutos e depois fica aquela lenga lenga.

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    1. Entendo Fred, mas eu achei que todas aquelas cenas de lembranças serviram justamente para não ser entediante.

      Tem uma cena mesmo que adoro, qdo ele esta morrendo de sede e pensa no “gatorade” no carro dele daí vem as imagnes de propaganda de refrigerante e tal.

      Mas aceito sua opinião, um abraço 🙂

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  2. Acho que o diretor e o protagonista são bons motivos pra ir ao cinema, indicado ou não ao Oscar. Vou conferir, mas vi muitas comparações com “Enterrado Vivo” dizendo que é melhor. Depois de assistir comento sobre isso.

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  3. Apesar de alguns momentos eu achar que o negócio está devagar demais, sempre achei as imagens bonitas, lindas fotografias. Gostei de uns devaneios. Os minutos finais do filme compensa de verdade. Inspirador e etc.

    Bom filme

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  4. porra acabei de assistir, o filme realmente é bom. e passou uma mensagem muito foda, pelo menos pra mim que sou muito rude com meus familiares e vivo on my own. Fóda.

    (ps. a referencia desse filme na pagina “indice com todos os filmes ” tá caindo em true grift)

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