Tido por muitos como um dos piores filmes do ano até aqui, fui esperando o pior de “Besouro Verde (The Green Hornet)” e me surpreendi quando, a despeito de algumas falhas, ainda consegui me divertir com o mais recente trabalho de Michel Gondry que, de fato, já foi BEM mais feliz com “Rebobine por Favor” ou “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” por exemplo.
A trama segue a vida desregrada de Britt Reid (Seth Rogen, “Ligeiramente Grávidos”, “Superbad”) que vê as coisas mudarem quando seu pai morre e deixa um império (o jornal Sentinela Diário) em suas mãos. Ao conhecer Kato (Jay Chou) e todas as suas habilidades especiais ele decide, no automático, criar um personagem, um herói, e vai para as ruas combater o crime de uma forma meio inusitada. O problema é que ele começa ameaçar o império do grande criminoso Chudnofsky (Christoph Waltz, “Bastardos Inglórios”).
Baseado numa série que se iniciou nos rádios e depois foi para a tv lá pelos idos da década de 60 (posteriormente até para os quadrinhos), talvez o fato mais relevante é que Bruce Lee fez o personagem Kato no ‘original’. Durante o filme inclusive vemos uma homenagem ao grande mestre quando aparece um desenho dele no caderno do fazedor de cafés/gênio inventor/lutador nato. Claro que não vi o original e nunca acompanhei também os quadrinhos o que não me deixa espaço para comentar o quão diferente das origens está essa versão cinematográfica.
Os maiores problemas encontrados aqui são o tempo de duração, o filme é muito extenso e o roteiro não colabora também para deixá-lo mais ágil e interessante em seu início, fica a impressão de que podería-se cortar boa parte de cenas desnecessárias e partir logo pra ação, o outro problema fica por conta de Seth Rogen. Ele é um sujeito extremamente carismático e fez excelentes papéis em filmes de humor, mas a mistura de ação com comédia que ele faz aqui não convence muito bem.
Mesmo com estes problemas citados, para quem estiver no espírito da diversão conseguirá acompanhar o filme sem maiores problemas. O vilão feito por Christoph Waltz (“Bastardos Inglórios”) é engraçado e as sequências finais são boas apesar das inúmeras situações altamente inverossímeis com qualquer coisa próxima do plano real, mas enfim, se for levar a sério “Besouro Verde” você estará na grande parcela de pessoas que já conseguiram eleger um dos piores filmes do ano.
Fica mesmo a aquela impressão de “poderia ser melhor” ao término do filme (os créditos finais são muito bonitos). Gondry poderia mostrar uma trama mais “enxuta”, podería-se escolher para o protagonista um ator mais condizente com o tipo de papel mas, ainda assim, é possível dar boas risadas se você não for tão crítico (nem que seja por apenas 2 horinhas).
Besouro Verde (The Green Hornet: Ação, Comédia, 2011 119 min)
Dirigido por Michel Gondry com roteiro de Seth Rogen e Evan Goldberg. Estrelando: Seth Roge, Jay Chou, Cameron Diaz, Tom Wilkinson, Christoph Waltz, David Harbour, Edward James Olmos, Jamie Harris, Chad Coleman e Edward Furlong.
Eu também gostei. De fato, fica aquele gostinho de “quero mais”, pelo fato de ser um filme do Gondry, mas dá pra divetir.
Também fiz uma critica, olha lá:
http://cinelupinha.blogspot.com/2011/02/besouro-verde-2011.html
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Muito curioso pra ver. Gondry é um grande cineasta, sou fã dele, então duvido que tenha feito algo ruim ehheeh
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eu pensei que vc não iria gostar desse filme..!!!!
o filme é super engraçado…eu ri do começo ao vi..e eu num aguentava apenas rir..eu gritava por só rir não era o suficiente..eu sai do cinema com dor de cabeça, garganta inflamada e, barriga doendo!…ação com comédia é o que á!
ótimo filme!!
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Assim, né… o rei do filme é Kato. Acaba por aí. E, sobre a extensão… assisti em dois dias pq não aguentei.
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mulher não entende….!!!
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