Existem certos momentos em que precisamos recorrer aos poderes da sétima arte para nos sentirmos um pouco melhor, alguns filmes são feitos simplesmente para nos darem um pouco de alegria em momentos difíceis. Definitivamente este não é o caso de “Biutiful”, o mais recente trabalho de Iñárritu. Se você não está se sentindo muito feliz, corra desta obra ou enfrente a depressão.
Exageros à parte, “Biutiful” recebeu diversas indicações dentre elas a de melhor filme estrangeiro no Oscar 2011 e, Javier Barden ganhou alguns prêmios por sua atuação, tendo inclusive faturado em Cannes. De fato a força motriz deste ótimo trabalho está no ator que, mais uma vez, prova ser um dos mais talentosos e dedicados em atividade.
A trama segue a história de Uxbal (Javier Barden, “Onde os Fracos Não Tem Vez”), um homem em verdadeira queda livre em sua vida. Com poderes mediúnicos e fazendo diversos “bicos” para sobreviver e dar o mínimo necessário aos seus 2 filhos (que ele teve com uma mulher com sérios problemas psicológicos), ele procura redenção e também uma forma de deixar as coisas bem para os que vão ficar, já que ele descobre que está com uma doença terminal.
A depender da sua visão o personagem de Javier Barden pode ser visto como um herói, ainda que seja um trágico herói ele tenta de todas as formas diminuir o seu sofrimento (este em todo os aspectos, sentimental, amoroso) e também diminuir o peso em sua consciência por alguns de seus atos. A levada do filme é mesma de puro abatimento e melancolia, até o seu desfecho, note que, o fato dele ser um médium não é o foco principal da história.
A trama é bastante simples, mesmo assim existem alguns lapsos que podem incomodar os mais exigentes. Fora que, para os que conseguem ver maldade ou preconceito em todos os lugares, alguns questionamentos deixados por Iñárritu podem dar o que falar. O filme se passa em Barcelona e, não fosse dito isso, poucos seriam os que achariam esta história condizente (e crível) com o local.
Pela força da história – que, apesar dos acontecimentos trágicos e infelizes nos mostram a paixão e sensibilidade de uma pessoa/personagem por tentar dar sempre o seu melhor – e pela excelente atuação de Javier Barden, “Biutiful” trata-se de um trabalho realmente acima da média. O filme nos mostra como a realidade de alguns pode ser extremamente dura e cruel. Bondade, maldade, caráter, será que é possível medir tudo isso apenas levando-se em consideração a posição social de cada indivíduo?
Biutiful (2010/2011 – 147 min)
DramaUm filme de Alejandro González Iñárritu com roteiro de Alejandro González Iñárritu, Armando Bo e Nicolás Giacobone. Estrelando: Javier Bardem, Maricel Álvarez, Eduard Fernández, Cheikh Ndiaye, Diaryatou Daff e Cheng Tai Shen.
Assisti esses dias… preciso ver novamente para enxerga tudo isso (mas nem vou fazer isso). achei mediano. não sei o que foi, acho que a história não conseguiu me envolver e aí não conseguir assistir com bons olhos. Cê já assistiu “mar adentro”? presta bastante.
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Baixei esse filme 2 semanas atrás, mas ainda não tive o momento p/ assistir. Ou estou feliz e não quero estragar meu dia, ou estou deprê e não quero me afundar. Vou criar coragem.
Ontem assisti ao melhor filme do ano, na minha modesta opinião. Incêndios, filme canadense que concorreu ao Oscar de melhor estrangeiro. Está no circuito de arte de SSA. Baita roteiro e o cara sai desnorteado do cinema. Não é um soco no estômago, mas um chute no saco.
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Já me recomendaram esse “Incêndios”, acho que vou fazer um esforço e conferir ainda esta semana. Pelo que andei lendo, acho que ‘Biutiful’ é bem menos ‘impactante’.
Depois que assistir eu poderei comparar melhor.
Valeu pela dica Fred! []´s
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Biutiful é intenso demais. É excelente, mas dificilmente verei novamente, justamente pelos motivos que Marcio comentou.
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Me emocionei com o filme. A Cena que Uxbal pede à filha para ser lembrado me fez chorar. É um filme triste e foi impactante para mim. Adorei o filme.
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