Wakewood – 2011

 

 

 

“O veterinário Parick e a farmacêutica Louise perdem a única filha – Alice – no dia do próprio aniversário, atacada por um cão violento. Tomados pela dor, eles se mudam para uma pequena cidade chamada Wake Wood, aparentemente tranquila e cercada por fazendas. As coisas mudam quando eles descobrem que os moradores locais fazem rituais pagãos para trazer mortos de volta a vida por um curto período, apenas para que a família possa passar mais um tempo com a pessoa e se despedir de forma apropriada, sem traumas.”

Wake Wood é um filme sobre nascimento, morte e aceitação. Da mesma forma que questionei em Cemitério Maldito, é possível recriminar um pai/mãe que tem a oportunidade de trazer seu filho(a) de volta a vida? Há como pedir racionalidade? Parece óbvio que se algo assim de fato fosse possível a pessoa que retornaria a vida não seria o parente perdido mas sim algo de macabro que estará apenas esperando o momento certo para se mostrar. Quando se perde o único filho e alguém lhe oferece uma chance única de trazê-lo de volta, você seria forte o suficiente para recusar?

Logo no início do filme, quando somos apresentados a Alice, uma menina cheia de vida e visivelmente a alegria daquela casa… é possível imaginar a dor daqueles pais. Quando encontramos o casal já em outra cidade, fragilizado pela morte da menina damos início a um novo rumo na vida daquelas pessoas, inclusive nas cenas de Patrick exercendo seu trabalho. Encontramos ele sempre em situações limite, com animais feridos ou em um grau de agressividade elevado, mostrando que ele também perdeu a sensibilidade e um exemplo é a cena em que ele precisa sacrificar um animal ou quando outro mata acidentalmente um empregado da fazenda; enquanto isso, Louise se deprime mais a cada dia enquanto trabalha atrás do balcão de uma farmácia.

Quando a chance de trazer Alice de volta através de um antigo ritual, praticado com uma certa frequência pelos habitantes locais é oferecida ao casal, parece loucura não querer agarrar a chance. Serão apenas três dias para passar ao lado da filha e então deixá-la ir… Obcecados com a idéia e correndo contra o tempo eles entram em uma jornada – até profanando túmulos – para fazer Alice renascer. Por falar nisso, o renascimento de Alice é assustador e faz um paralelo interessante a outra cena de nascimento quando Patrick faz uma cesariana em uma vaca. De forma brutal, através de uma morte veio outra vida mas e a aceitação? Após viver o sonho de ter a filha de volta, será mesmo que o casal deixará Alice ir após os três dias?

Wake Wood tem seus pontos fracos e acredito que um deles é a previsibilidade. Apesar de levantar questões interessantes e o final ser muito sugestivo algumas coisas ficaram a desejar. As personagens secundárias não são bem desenvolvidas e da metade paravo final filme fica desinteressante. Horror e Drama andam lado a lado em WakeWood.

WakeWood – 2011 – Horror/ Terror

Direção: David Keating. Estrelando: Aidan Gillen, Eva Birthistle, Ella Connolly.

 

2 comentários sobre “Wakewood – 2011

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