O trabalho de divulgação do filme “Assalto ao Banco Central”, contando ai site, entrevistas e até mesmo o trailer, foi tão grandioso quanto o assalto em Fortaleza do qual o filme se baseia. Até mesmo dois atores (não os mais famosos, mas já é algo) vieram para Salvador no dia pré-estreia que lotou 3 salas de cinema por aqui. Confesso que fui esperando uma grande bomba e o que vi definitivamente não foi um filme ruim, mas carrega algumas falhas e exageros que acabam prejudicando um pouco o resultado final.
No ano de 2005 um grupo de assaltantes arquitetou um plano para assaltar o banco central de Fortaleza. Cavaram um túnel durante 3 meses, saíram no cofre e levaram quase 165 milhões de reais, 3 toneladas de dinheiro, sendo este um dos maiores assaltos a banco do mundo. Os assaltantes conseguiram tudo isso sem dar um único tiro. É bom lembrar que é apenas baseado em fatos reais, até mesmo porque ninguém encontrou até hoje toda a trupe para saber como tudo aconteceu.
De fato é uma história deveras impressionante e a opção de narrar os acontecimentos de forma não linear, ou seja, misturando idas e vindas é até interessante e não te cansa, porém, acaba destruindo qualquer chance de deixar o espectador curioso. É impossível entrar num clima de suspense se, logo de início, sem você sequer conseguir “conhecer” os personagens ou se inteirar em toda “tramamóia”, já lhe mostram como tudo vai terminar. Qualquer situação apresentada, qualquer problema que surja, poucos segundos depois já lhe é dada a resposta.
Nem todos os atores estão bem em seus papéis, mesmo assim algumas situações engraçadas são criadas e o filme acaba divertindo na maior parte do tempo. Mas só que, como disse no início, existem exageros. Algumas piadas são bem forçadas e com tantos personagens extremamente caricatos ainda sobram situações risíveis, mas de forma pejorativa, contando ai com frases de efeito que soam por demais “artificiais” sem contar ainda com péssimas escolhas para os efeitos sonoros. É hora de luta? Toca alto a música do Dragon Ball Z. É hora de aparecer Milhem Cortaz (“Tropa de Elite 2”) como um super gênio do crime? Close nele jogando Xadrez com fundo musical “ambiente”.

Não é nenhum demérito sua comparação com filmes de assalto gringos, que também são recheados de situações manjadas e personagens bem estereotipados, na verdade, eu até acho que o cinema nacional tem mesmo que diversificar as produções e criar obras que gerem um retorno financeiro para os investidores. Só espero que, com o tempo, elas cheguem cada vez mais próximas de produções como “Tropa de Elite” e se distanciem cada vez mais das produções pouco inspiradas que vemos por aí.
Talvez o maior defeito de “Assalto ao Banco Central” é querer ser algo além de apenas um simples e puro entretenimento. Caso fosse mais focado na diversão, sem toda essa pretensão de criar cenas e frases emblemáticas, teríamos com toda certeza um filme com mais condições de agradar os mais diferentes públicos. Está longe de ser um filme desagradável, faltou talvez um pouco da inteligência que sobrou nos bandidos que assaltaram o banco em Fortaleza para entregar uma obra com menos erros e, assim, ser classificada como um bom filme. Faltou bem pouco, mas faltou.
Assalto ao Banco Central ( 2011 – 104 min)
Policial, Ação.Um filme de Marcos Paulo com roteiro de Renê Belmonte. Estrelando: Milhem Cortaz, Lima Duarte, Giulia Gam, Eriberto Leão, Hermila Guedes e Gero Camilo.
O diretor é Marcoss Paulo, então…
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Mesmo não sendo uma bomba completa, não vou encarar no cinema.
Pelo trailer me pareceu um filme exagerado.
Abs.
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Foi como comentei no Twitter: não é um Tropa de Elite, mas causa vergonha como Federal. Fica como opção para quem já tiver visto os principais lançamentos do Cinema.
E Hermila Guedes não é um traveco para vc chamá-la de “ele” na legenda da foto 😀 Se o povo quiser matar a curiosidade de vê-la pelada, corra atrás de “O Céu de Suely” 🙂
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Valeu pela correção! hahahaha
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é impressão minha ou vc está desgostando de filmes Brasileiros??
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Não é isso, tem vários filmes nacionais que adoro, muitos mesmo. Eu to desgostando de filmes fracos isso sim, e esse tem vários erros, não é porque ele é nacional.
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Desculpe mas eu acho que o Eriberto Leão trabalha muito mau D:
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Eriberto tentou ser o “George Clooney” mas tá longe ein?
Uma coisa “ótima” do seu personagem foi que falaram que precisavam de um cara “charmoso” e “bonito” para o grupo. E a única utilidade do seu “charme” foi dar o corno em quem o contratou. Que coisa! hahahaha
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Poxa, ainda não assisti o filme, espera um super-filme, depois desse balde de água fria é melhor não esperar muita coisa. Abraços Marcio.
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Bom, eu sei que num dá para comparar, mas confesso que fiquei feliz em ver o Assalto ao Banco Central depois que vi o Cilada.com.
As vezes o trailler nos dá uma expectativa tão grande pra ver o filme, e na hora que estréia e bate a decepção é um saco!
Não fui com muitas expectativas pro assalto ao Banco Central, e achei válido!
Não foi um filme foda, com cenas muito impressionantes, com falas marcantes, mas no final, achei que foi uma opção válida pra passar o tempo, e não uma perda de tempo como foi com Cilada.Com.
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Sem dúvidas Carol, apesar dos altos e baixos, não é um filme ruim nem perda de tempo. Dá para curtir o filme numa boa.
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Fiquei com uma curiosidade em ver, mas já passou.
eheheheheh
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Eu acho que o que faltou mesmo foi o Padilha dirigir isso aí. Acho que funcionaria muito mais. Para mim, acabaram com uma história que poderia dar um filme tão bom quanto Tropa de Elite 2.
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Assisti ontem, passou na SKY e eu fiquei até tarde acordado esperando ver um filmaço! Mas, achei o roteiro péssimo! Falas toscas, pitorescas, repletos de palavrões (nada contra, mas acho que quando é demais enche o saco). As atuações são fracas, com exceções como Lima Duarte, por exemplo, que é um ator incontestável. Enfim, o cinema brasileiro tá longe de ser ruim, mas ainda tem muito o que melhorar. Sempre que vejo filmes como este lembro de Olga, que é um dos melhores filmes nacionais que já asssti.
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Esse é o tipo de cinema nacional que todos nós torcemos para que seja cada vez menos feito por aqui.
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