Sempre tive como certeza que apenas o “Guia do Mochileiro das Galáxias” fosse capaz de explicar a vida, o universo e tudo mais, só que essa minha certeza foi fortemente abalada depois de conferir nos cinemas “A Árvore da Vida (The Tree of Life)”. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, Terrence Malick entrega para o mundo uma obra extremamente singular e desafiadora. Entrei na sala sem saber o que esperar (mesmo tendo conhecimento a respeito da sinopse) e saí mentalmente confuso e fisicamente cansado, apesar de ter gostado do que vi e, mais importante, senti.
É difícil até de explicar a trama que vai desde o Big Bang e a formação da vida em nosso planeta até o futuro, viajando entre o tempo com imagens absurdamente belas e impressionantes do espaço, galáxias e da natureza. No meio de toda essa viagem através das eras, existe um “corte” situado na década de 50 em uma família focando na relação entre filhos e pais e a busca pelo amor, pelo perdão e por Deus.
Se analisarmos bem como são nossas memórias veremos que elas parecem confusas, dispersas e sem ordem cronológica, e é mais ou menos assim que caminha o filme de Terrence Malick. Algumas cenas temos uma certa linearidade, principalmente quando vemos a infância de três irmãos na família que é controlada por um duro pai interpretado por Brad Pitt e uma doce mãe interpretada pela linda e angelical Jessica Chastain. De resto o que vemos são vozes que lembram sussurros ou lembranças e várias imagens no melhor estilo ‘National Geographic’.
Por mais que eu tenha gostado do trabalho de Terrence Malick é difícil imaginar que existiu um corte de nada menos que 6 horas neste filme, confesso que saí extremamente cansado do cinema, não aguentava mais ser desafiado por tanta poesia e divagações a respeito dos mistérios da vida. Mesmo assim, algumas mensagens ficam muito claras depois que as coisas começam a se encaixar. Afinal, como podemos achar que temos, como indivíduo ou como família que seja, alguma importância perante toda grandiosidade que é a vida. Como podemos requisitar algo ao responsável por tudo isso? Melhor, será que realmente existe algum responsável por todos os fatores e acasos que fez com que chegássemos até aqui?
A tarefa de classificar este filme foi das mais difíceis, eu realmente gostei do que vi, mas não me sinto no dever de dar maior classificação só para acompanhar a onda de todo mundo que está se deleitando em nível máximo (alguns apenas fingem que eu sei). Fica a seu cargo a decisão de assistir ou não “A Árvore da Vida”. A única coisa que posso te garantir é que você será surpreendido, seja de forma positiva ou negativa, podendo até mesmo fazer como muitos que vi na sessão que fui, abandonar o filme nos minutos iniciais.
*Agradecimentos especiais a Caio Blogcitário por mais um convite para pré-estreia.
**Caio contou mais de 10 desistências, sendo que boa parte já tinha ido embora antes dos 20 minutos de exibição
A Árvore da Vida (The Tree of Life, 2011 – 139 min)
DramaUm filme de Terrence Malick com Brad Pitt, Jessica Chastain, Sean Penn, Fiona Shaw e Tye Sheridan.
O trabalho de Malick é bem irregular, mas creio que as presenças de Pitt e Penn já dão um indicativo de que o filme tem algum valor. Preciso conferir urgentemente!
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Pitt manda muito bem e Sean Penn assista e me conte, não quero entregar maiores detalhes mas o que posso dizer é que boa parte do filme não é centrada em personagens. Assista e comente lá no Café com Pop!
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Quando vi o trailer adorei, tava na pilha de ver esse filme e acho que ainda vou ver, mas é foda essas paradas de filme muito contemplativo, acho chato, coisa desse povo de cabelo verde e allstar vermelho hauahuha
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Vá preparado meu caro, porque é pura poesia, divagações, sussurros e imagens de galaxias, natureza e coisa e tal.
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Depois de ler o seu review e o de Amanda passei a gostar mais um pouco do filme. Eu diminuiria a quantidade de cenas poéticas, apesar de belíssimas, acaba cansando um pouco e nos deixando em transe. Enfim, é um filme que certamente não é para todo mundo, como deu para perceber na sessão que fomos, né?
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É isso ai Caio, eu também achei ele cansativo e aquela sequência inicial assustou muita gente hehehehe.
Tem filmes que a gente tem que sair da sala, chegar em casa e refletir para captar a intenção dele, ou até mesmo ligar alguns pontos que na hora, por diversos motivos, podem ter fugido da gente.
No geral eu gostei e acho minha classificação condizente com o que senti.
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Tô afim de ser surpreendido!!
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Bombaaaaa!,
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Parece ser um filme interessante, mas ainda muito longe do tipo de filme que gosto de ver no cinema. Vou esperar sair na TV fechada…^^
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Poxa, na tv o impacto vai ser menor, mas boa sorte quando for assistir. Só não esquece de reservar 3 horas de paciência na sua mente.
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Só 3 pontos? Esperava que fosse melhor… Mas ainda vou conferir. Estou curisosa.
Beijos,
Vanessa Sagossi
comentandoofilme.blogspot.com
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É um filme bem diferente Vanessa, assista e depois me conte porque em certos momentos pensei até em dar menos que 3…
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Eu achei muito bom! 3 horas sem piscar !
Acho até que é um filme mais acessível que o Melancolia, já que os símbolos que ele joga na tela são bem mais explícitos, sempre girando no conflito de religião X secularismo e a ultimate question.
Já a encruzilhada e o tal buraco 19 até hoje nego viaja na maionese.
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Quero ver se assisto essa semana.
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Bom, assisti ao filme hoje e digo que nunca sai de uma sala de cinema lotada em que todos saem reclamando. Eu particularmente achei o filme horrivel!!! Nao recomendo a ninguemmmmmmmm! Filme com imagens até belas, mas super cansativo e sinceramente nao precisava ser tao dificil sua linguagem, porque se a pessoa nao se inteirar do filme antes nao vai entender nada. E sinceramente, filme bom nao deve ser assim.
Mas esse é minha opiniao e respeito a de todos.
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Primeira coisa Ellen, se você não está preparada para assistir todo tipo de filme, é interessante que você procure saber do que se trata antes para não perder o seu tempo com filmes que não dizem nada a você.
É mesmo um pouco cansativo, mas é um filme para se pensar um pouco com calma. Pesquise algumas críticas e vai lendo e veja se você não concorda com o que alguns estão falando a respeito da mensagem dele.
Mas eu não tiro a sua razão de não ter gostado. Abração
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Assisti esse filme na maratona de cinema do cine odeon aqui no RJ,
o cinema mega lotado as 23 horas e muitas muitas pessoas reclamando.
Posso dizer que fiquei surpreso com o filme,é bastante (como vc disse)
desafiador. São belas as cenas da formação do universo,e da origem da
vida,as indagações a algo que rege a nossas vidas vão a elem do que
qualquer outro filme já foi (até mesmo o filme do mestre Kubrick 2001
Uma Odisseia no Espaço). Eu realmente achei o filme muito bom mas só o
assistirei novamente daqui a uns trés anos.
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As pessoas estão gradativamente perdendo a capacidade de contemplação. Nem estou falando de reflexão. Somente contemplar seria suficiente. Não há mais espaço para o silêncio, para a demora, para a dúvida. Tudo tem que ser respondido de maneira rápida e eficaz. Nunca tivemos tanto o que comer e nunca estivemos tão insatisfeitos. Pobres de nós, pobres de nós…
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Eu estava tão ansioso em ver esse filme, que cheguei a caçar trechos dele pela internet, amo fotografia, e o trailer já havia me encantado tempos atrás. Fui assistir ansioso num shopping (que casei na internet, ele não está passando em todas as salas de cinema aqui de sampa). Foram momentos de contemplação minha, não vi pessoas desistindo, mas ouvi pessoas indignadas ao fim do filme. Amei pelas imagens, pela trilha sonora, e por momentos “WTF! que essa cena quer dizer???”, mesmo assim, quero esse filme em Blu-ray, quero refletir mais, quero ver mais, quero perceber que aqueles são pensamentos que eu tenho, e me questiono ainda…
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A maioria das pessoas realmente fica indignada com o filme, como você falou, nem todos estão preparados para um trabalho como este, nem mesmo que seja apenas para contemplar como você o fez. Correr atrás de informações depois de assistí-lo, ler outras críticas especializadas (aqui só faço comentários mais ‘superficiais’) é algo realmente interessante de se fazer.
Grande abraço Hokin!
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Poxa, tempão que não passava aqui!! Estou precisando de umas boas sugestões… Ontem comecei a assistir a Arvore da vida e desisti depois de 15 minutos. Fiquei me perguntando se valia a pena insistir. Dei uma passada no blog de Ramon e vi que ele classificou como bom, mas ainda fiquei receosa, pois alguns filmes que ele achou excelente, eu achei péssimo!! hehehe Mas já que você classificou como bom também, acho que vou dar uma segunda chance… Beijão!
Obs: Eu sempre achei que os controles da classificação eram peças de dominó!!! hahaha
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Lena, leia o que escrevi e se prepare. O resultado final é bom, a mensagem e tudo mais, mas é um filme bem cansativo. Tenha paciência se quiser mesmo enfrentar. Não se guie apenas pelos meus dominós 😛
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O filme é incrível, uma cena que me marcou foi quando o filho pede em oração que o pai morra!
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Filme magnífico, enigmático, maravilhoso, nos faz pensar sobre toda a conjuntura, sobre o tudo e o nada, o começo e o fim, nos faz refletir sobre a vida, nos faz viajar, divagar, entrar na escuridão mais profunda das nossas emoções, nos faz palpitar, chorar e rir..
SQN!
Filme ridículoooo! Um bando de zé coxinha pagando sobre esse filme..a coisa mais chata que eu tive o desprazer de assistir em toda a minha vida. Filme pra quem toma bala, alcoólatra depressivo ..só pode ser pra esse tipo de público, porque…ai meu deuuus! Dá até nervoso de pensar que lembrar que assisti a essa megalomania ridícula. O pior é ver um monte de pseudos alguma coisa vomitando sobre quão fantástico foi a experiência de assistir a esse clássico do cinema moderno.
Pro infernooo!
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Você não gostar do filme ok, eu mesmo saí bem cansado do cinema quando assistir apesar de ter entendido a mensagem e tudo mais, só que desmerecer quem gostou é complicado.
Cada um vê um filme a sua maneira. Sim, tem muita gente que finge que gostou e entendeu pra pagar de culto, entretanto, não são todos.
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