Nunca fui muito fã nem profundo conhecedor do ‘universo Conan’, mas em minha época de jogador de RPG – quando digo que sou nerd não é por modismo, tenho base – possuía o “Gurps Conan” e lá tinha um pouco de toda essa “mitologia bárbara cimeriana” descrita. Acabei ignorando todos os avisos, críticas, comentários (e até mesmo o trailer e imagens que já demonstravam que se tratava de uma cilada) e resolvi conferir o filme com meus próprios olhos. E “Conan – O Bárbaro (Conan – The Barbarian)” não passa de mais uma aventura feita no automático, completamente desnecessária e diria até inútil para o mundo do cinema.
A trama segue os passos de Conan (Jason Momoa) desde o seu nascimento onde sobrevive ao massacre de sua tribo por um conquistador (Stephen Lang) que pretende juntar as partes de uma máscara ancestral para reviver sua esposa e, de quebra, dominar o mundo. O jovem bárbaro cresce então em busca de vingança pela morte de seu pai nas mãos desse tal conquistador, que conta com ajuda inclusive de sua filha (Rose McGowan), uma feiticeira poderosa.
Ao contrário do que alguns possam imaginar não se trata de um remake, mas sim de um reboot do herói cimério nos cinemas, algo que anda cada vez mais em voga em Hollywood. Eu até relevo a falta de criatividade em criar histórias originais, mas o que não dá para relevar é ter que aturar um trabalho tão mal feito como este. É um filme totalmente sem alma que não diverte, não emociona, não nos faz torcer pelos personagens e tampouco convence. A parte do romance então chega a ser ridícula tamanha a falta de naturalidade do ‘casal’, química zero. Dá até pra visualizar o diretor e os roteiristas marcando um “checked” na planilha deles no tópico “beijo + sexo entre Conan e a monge” na época das filmagens.
Uma das poucas coisas que pode-se contar a favor aqui é o sangue e violência, neste quesito a censura 18 anos é bem aproveitada. Tome esmagamento de cabeça, nariz decepado e algumas lutas com cenas bem fortes. Confesso ainda que estava preocupado com a escalação de Jason Momoa para o papel principal, mas bastou ver sua atuação na série “Game of Thrones” para ficar mais tranquilo e, de fato, ele não faz feio não, pena que não posso falar o mesmo do restante do elenco. O vilão interpretado por Stephen Lang (“Avatar”) é tipo macarrão pré-pronto, 3 minutos em água fervente e pimba. O restante do elenco de apoio também não ajuda muito, mas nem dá para culpar só eles quando quase nada funciona.
O iniciozinho é até interessante – mesmo com o cordão umbilical do recém-nascido Conan sumindo magicamente na primeira cena – mas o filme segue numa jornada típica de jogos de videogame. Fase 1, matar vilões medíocres, agora mata chefão, passa, vai pra fortaleza, chama ladrão pra destrancar 3 portas, e por ai vai eliminando chefões até chegar no chefão final.
Por mais que contenham todos os elementos de uma aventura, quando as coisas são feitas “de qualquer jeito” não tem como dar certo. No final das contas “Conan – O Bárbaro” é mesmo um filme inútil, desnecessário e sem propósito. Acredito que até minhas partidas de RPG do Gurps Conan eram mais interessantes.
Conan – O Bárbaro (Conan – The Barbarian, 2011 – 112 min)
Aventura, Fantasia.Dirigido por Marcus Nispel com roteiro de Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Sean Hood. Estrelando: Jason Momoa, Ron Perlman, Rose McGowan, Stephen Lang, Rachel Nichols, Bob Sapp, Leo Howard, Steven O’Donnell, Nonso Anozie, Raad Rawi, Laila Rouass, Saïd Taghmaoui, Milton Welsh e Borislav Iliev.
Vilão tipo macarrão pré-pronto né. Pois é man, de hoje que eu venho dizendo que você virou crítico chato, aceite isso.
ehheheheheh…
E sim, esse Conan tem cara de ser bizarro mesmo, mas infelizmente devo acabar vendo no cinema junto com a patroa.
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Boa sorte, leve o tempero galinha caipira (ou o que você preferir) pra colocar no personagem de Stephen Lang.
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Cara de bomba.
Ainda bem que passei longe!
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Marcio meu caro,
Espero mesmo que você tenha assistido o Original com Arnoldão SuasNêgas para saber como deve ser um filme de Conan.
Claro que estou me referindo somente ao primeiro e não a sequência “papa-grana” com Grace Jones.
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Assisti sim, não tenho lembranças “vívidas” mas o pouco que me recordo já era melhor que esse aí.
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Grande Marcio! Eu nem vi esse filme, mas pelas poucas cenas, misturado com tanta crítica negativa, me considero sortudo por não ter ido ao cinema.
Agora sobre o que você falou sobre filmes desnecessários: rapaz, realmente existem tantos filmes assim inúteis, que só servem pra fazer volume e armadilha pros incautos. Boa definição!
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Só nos resta torcer para que o público responda cada vez mais negativamente a estes filmes inúteis, esvaziando as salas, para que eles comecem a terem um cuidado mínimo com o que lançam nos cinemas né?
Abração Dan
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eu confesso que a parte do nascimento de Conan é sem sentido..o pai dele é tão bom em partos que com apenas uma cortada tira o beber e de quebra o cordão umbilical vai junto e desaparece sem ninguém Ver…e a mãe dele dar o nome a ale foi meio premeditado..já que todo mundo sabia que ele iria se chamar Conan…mais contudo num achei o filme ruim não até me diverti um pouco..e fechei os olhos em algumas cenas..mais no final das contas eu achei apenas bom..nada de mais!!
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Filme desnecessário mesmo. E o pior é nos fazer acompanhar o perigo eminente da tal máscara, para depois ….
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Justamente Amanda, ia comentar isso e acabei esquecendo, pensei que com a tal Mascara o bicho fosse pegar mas…… nada.
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Só pelo trailer já havia eliminado esse filme da minha lista, rs. Agora então com um controle …
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1 controle? Era o que eu esperava. Nem vou me dar ao trabalho!
Vanessa Sagossi
comentandoofilme.blogspot.com
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Em algumas coisas pode ser, mas vcs tem que entender que nem todos os filmes precisam seguir a mesma linha ,as pessoas hoje tendem a pensarem mais rapido, por isso não ha necessidade de mostrar o cordão sendo cortado e outros meros detalhes achei demais, quer filme para nerds, assista uma odisseia no espaço!!!heheh
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Ney, eu não quero filme nerd, quero filme bom. Conan é ruim, pensando rápido ou lento é um filme desnecessário.
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Meu velho, por enquanto eu vou continuar lendo as revistas antigas em preto e branco do velho e bom Conam. Quando fizerem um filme de verdade sobre ele me avise pra eu então gastar duas horas de minha vida assistindo!
Hehe.
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Continue com suas revistar Jota, esse filme não vale nem um pouco a pena, nem se estiver passando na Tv.
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“a bruxa está me dominando, ela está me dominando!!!… ops… já passou!”
mais ou menos assim rsrsrs
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E a porcaria do 3D que não tras NADA a mais pro filme!!! só pra pegar meu dinheiro mesmo! (detalhe: no cinema não tem a opção 2D)
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Se você apenas “acha” que as partidas de RPG eram mais interessante que esse Conan, então vc não merece ser intitular nerd! rsrsrsrs
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Depende viu Ortega, não era bom mestre em GURPS, me dava melhor em AD&D 😛
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Man!!! Deletem esse filme!!! Eu sou um profundo cinefilo e amante de filmes medievais. Sou super fa de todos os conan anteriores. Este foi um dos piores filmes de toda minha vida e por ter estragado a boa imagem que eu tinha do antigo conan o barbaro afirmo que dar 1 controle para esta merda producao foi alem das contas.
Existe pontuacao 0 nao????
Porra man!!!
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Lembra do GURPS Conan? As aventuras do livro eram melhores que esse filme. Só não dei zero porque os 2 filmes nota zero aqui são bem piores que este, acredite.
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