Nome: The Woman
Direção: Lucky McKee.
Elenco: Angela Bettis, Carlee Baker, Marcia Bennett, Pollyanna McIntosh, Sean Bridgers.
Sinopse: Um respeitável advogado e pai de família encontra uma mulher no meio da floresta, vivendo como um animal e com um comportamento violento. Sem pensar duas vezes ele a captura e tenta civilizá-la, o que se torna o seu pior erro e toda sua família vai pagar por isso.
Alguns filmes lançaram um questionamento perturbador: Do que você seria capaz se não tivesse ninguém olhando? Ou não sofresse uma punição por conta da lei e fosse contra aquilo que é considerado ético como base de uma sociedade? Quando Gael Garcia Bernal se intitula Rei da Camarata 3 no filme Ensaio sobre a cegueira, percebemos o quão duro o ser humano pode ser quando se tem um poder além de qualquer punição. Ao subjulgar todas as mulhers daquele “hospital” ele apresenta o monstro que existe dentro dele, algo adomercido quando ele não havia se tornado cego e vivia dentro das limitações imposta por uma sociedade.
Lembrando disso tudo, chegamos ao Chris Cleeks. Um advogado e respeitado morador da comunidade local, mais parece uma figura delicadamente retirada de algum seriado dos anos 70 e colocado alí naquele ambiente. Seu cabelo, seu sorriso, seu biotipo, tudo isso aparenta algo que ele não é. Logo no início do filme podemos perceber algo estranho. Sua esposa, Belle, é uma mulher contida, sempre amedrontada, cautelosa em não contrariar o marido, com um ar cansado. Parece um animal acuado. A filha mais velha, Peggy, tem o mesmo ar retraído da mãe. Na maior parte do tempo em silêncio, discreta, prefere entrar e sair sem ser notada, como se estivesse sempre alerta e algo de ruim fosse acontecer a qualquer momento. Com o mesmo jeito discreto é Brian, irmão mais novo de Peggy. Ao contrário dela, tem um olhar amedrontador, é como se estivesse sempre com os olhos cerrados, pensando em algo, elaborando algo pra fazer… e não é algo bom. A caçula Darling é o oposto de toda a família. Por sua inocência, não entrou na atmosfera sombria e está sempre vendo a vida de forma colorida e pura, mesmo quando presencia as atrocidades. Sua inocência é sua maior proteção.
Quando Chris vai caçar na floresta que rodeia sua casa se depara com uma mulher tomando banho no rio. Ela parece selvagem, pega um peixe e o come ainda na lança. Encantado com a descoberta, Chris resolve capturar aquela mulher e levá-la para uma espécie de porão que tem na sua casa e civilizá-la! A idéia que ele tem – intimamente – é de domá-la, assim como faz com as mulheres ao seu redor.
Quando ele chega com a desconhecida mulher para dentro do seu porão, ele amordaça as mãos e os pés dela com um aparato de roldanas com o pretexto de que ela é selvagem e periogosa. Não contente ele faz com que a família participe dessa situação doentia, onde a mulher que não sabe falar inglês, fica o tempo todo presa e exposta a todo o tipo de humilhação.
Com o cativeiro da mulher começamos a conhecer melhor o motivo do ar sombrio que paira sobre aquela família. Os motivos da retração de Belle, porquê Peggy é tão distante e o que se esconde por trás do olhar atento de Brian e como aquele homem conduz a situação e por consequência, a sua família. Em determinado momento, lembrei de um outro filme: Martyrs. Obrigada a comer como um cão, amordaçada, vítima de abuso sexual, A Mulher que é vista como selvagem na verdade muda o papel e mostra quem de fato é o selvagem e civilizado na história. Muito disso é mérito de Pollyanna McIntosh que mostra uma protagonista como a muito tempo não vejo em um filme. Sem falar uma palavra, apenas com o olhar, ela demonstra uma vivacidade incrível. Podemos saber se ela está com raiva, se está se rendendo, se está tramando algo… tudo por meio daqueles dois olhos, emoldurados em um cabelo desgrenhado, um rosto sujo e dentes podres. Vou ficar de olho nessa atriz e seus futuros trabalhos. A Mulher não tem novidades mas retrata a brutalidade em várias esferas e a omissão que pode ser punida de forma tão dura quanto aqueles que são os algozes.
Pesado heim Dani. Eu não consegui pegar bem o clima do filme: é pra suspense (crueldade e tal) ou mais pro drama?
Pergunto porque depois de Doce Vingança preciso de um tempo para recuperar o fôlego para filmes com muita maldade gratuita …
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Fabio,
Ele começa como um drama e depois decorre para um suspense.
Posso dizer que ele tem crueldade fisica mas também psicologica… a familia é bem insana!!!!
Não colocaria ele parecido como Doce Vingança … vai tranquilo.
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\o/\o/\o/\o/\o/\o/ Mateus está ovacionando Dani Vidal rsrs. Adorei, foi simplesmente perfeitas colocações. Entrará na minha lista de prioridades. Ainda não vi este Doce Vingança que o Fábio comentou, então procurarei a respeito. Abraço.
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Oieee sem querer encontrei este filme por aqui, gostei do seu cometario, já estou louquinha para assistir. Aaah em relação ao Doce Vingança, ví a algumas semanas atras, sinceramente, PERTUBADOR o que fez se tornar um dos melhores filmes que já assisti! Valhe a pena, mas tem que ter estomago e cabeça fortes 😉
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Ainda não vi o filme, mas esse Doce Vingança já assisti…bem sei lá o final é meio chato, ficou assim tipo ela faz aquele sorriso e Fim…
Sem um final o filme, mortes mais ou menos, e deixa perguntas, E a filha do delegado? e ninguem viu quando ela capturou o outro na oficina?
Nota 6
Agora sobre o A Mulher rsrs
O filme aparenta ser bom, é meio que do tipo de vingança,vou colocar na minha lista de filmes que quase sempre esqueço de ver kk
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Oi
Já que Dani citou o personagem do Bernal em Ensaio,ai como o odiei, hehe
Gostei do trailer de A Mulher, tô na torcida por ela, quero mesmo que ela desosse tudo, pq dá pra ver quem vai abusar da selvageria na história.
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Nuossaa, acabei de assistir, a Pollyanna McIntosh está óótema no papel.
Chocante, senti raiva, nojo(das atitudes de algusn ditos civilizados), pena, angústia.
E não é por nada não, mas muitos homens têm opiniões exatamente iguais as do advogado sobre as mulheres.
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