Tentar se manter imparcial perante as adaptações para o cinema da Saga Crepúsculo (e tudo mais que gira ao redor) tem se mostrado cada vez mais uma tarefa complicada. De um lado estão os fãs que defendem a franquia como se fosse a sua vida, de outro lado está a turminha que fala mal por que é fácil e, geralmente, já vão ao cinema preparados para isso. E eu vinha relevando um monte de coisa até aqui e entendendo tudo apenas como mais uma obra de romance, mas “Amanhecer – Parte 1” consegue superar negativamente em tantos aspectos que fica complicado tirar algo de bom.
A estrategia de dividir a parte final da saga em dois filmes se mostrava (inicialmente pelo menos) interessante, ainda mais quando estamos falando de uma adaptação literária para as telonas, algo que sempre rende diversas polêmicas por estarmos tratando de mídias diferentes. Só que, ao contrário do que costumeiramente ocorre, onde vemos que existe pouco tempo em cerca de 2 horas para representar tudo o que se tem escrito num livro – sempre deixando aquela sensação de que se precisava de mais tempo, de se mostrar mais coisas (e ai fica difícil não citar Harry Potter) – em “Amanhecer” o que se vê é que falta conteúdo para tanto tempo, a história poderia ser contada facilmente em uns 30 minutos e fim de papo.
A trama segue o tão esperado casamento entre Edward Cullen (Robert Pattinson) e Bella Swan (Kristen Stewart, “The Runaways – As Garotas do Rock“) desde os preparativos e seguindo até a lua-de-mel. O desejo de Bella é que a união seja consumada antes dela se tornar uma vampira, algo que se mostra bastante perigoso e pode por a vida dela em risco. As coisas só pioram quando eles percebem que esta decisão acaba gerando um “fruto” que colocará frente a frente lobisomens e vampiros em momentos de tensão.
Fica mais fácil entender toda a “mitologia” da saga quando se conhece um pouco mais a autora dos livros, Stephenie Meyer é uma fiel Mórmon e ela imprime, mesmo que não seja propositalmente, todos os seus ideais no romance. Continuamos tendo que acompanhar o amor virginal entre um sujeito que, não se sabe porque, é um “homem ideal”, um ídolo daqueles que a mulher, totalmente submissa, faz de tudo para que possam viver juntos pela eternidade. E aí o filme consegue polemizar em alguns aspectos, e não estou mais discutindo em relação ao abdômen super definido de Jacob (Taylor Lautner) – que não faz cerimônia e arranca a camisa nos primeiros segundos de projeção – ou por conta ainda dos purpurinados ao sol e toda a frescuragem que rola no triângulo amoroso, as “polêmicas” aqui ultrapassam e muito essa linha.
E se os atores continuam não ajudando muito, exceto ai Billy Burke que segue mandando muito bem como o pai de Bella, o roteiro acaba por destruir quaisquer chances de tornar essa insossa história em algo bom. Durante as quase duas horas o que vemos são tentativas esdrúxulas de se manter um suspense para um clímax que nunca chega, ou pior, que quando parece chegar é resolvido com um “axioma lobisômico” (inventei agora!), uma simples “lei” e fim de papo. Os créditos sobem e, olhem só, aparecem os Volturi dizendo que vão botar pra quebrar na última parte desta saga. Só então você se dá conta do tempo de vida que você perdeu para acompanhar fatos que podiam ser facilmente apresentados em poucos minutos.
As justificativas para tantas atrocidades e sequências ridículas são defendidas pelos fãs da saga utilizando os livros. Que fique bem claro, eu não tenho que ler um livro para “entender” ou aceitar algumas coisas em uma adaptação, pelo menos é o que penso. Um bom filme (adaptado que seja) deve ser perfeitamente explicado e justificado em tela, não posso admitir que eu precise de uma manual de instruções para engolir (lá ele) tantas coisas absurdas e sem propósito.
Acredito que “Amanhecer – Parte 1” acaba por segmentar de vez o público deixando apenas duas visões distintas. De um lado temos os fiéis seguidores de Meyer que idolatram tudo e estão vendo a sua frente um lindo romance, uma garota que é disputada por dois “homens” fantásticos e que se entrega de corpo e alma para o seu eterno escolhido, pondo em risco até mesmo a própria vida. E tudo se resolve magicamente para que ela possa ser feliz sem ter que necessariamente abrir mão do outro, que é preterido para ser seu marido mas continua como seu fiel protetor para aquecê-la assim que precisar. Definitivamente não estou deste lado.
Não sei você querido leitor, mas o que acompanhei no cinema foi uma garota com sérios problemas que foi para a lua-de-mel com um sujeito que precisa ser enquadrado urgentemente na lei Maria da Penha (podendo aproveitar para aprender a falar um português que não leve os espectadores na sala aos risos) e, pasmem, ela gosta de tudo aquilo, seria a famosa mulher de malandro? E como se já não bastasse tamanha insensatez, para fechar com chave de ouro, temos um bombadinho esquentado que se mostra um verdadeiro pedófilo. Amar um recém-nascido visualizando neste bebê a linda garota que vai se tornar, me desculpem, mas isso não dá para aceitar mesmo em uma historia fantasiosa.
A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 1, 2011 – 117 min)
Romance, Drama, Aventura.Dirigido por Bill Condon com roteiro de Melissa Rosenberg adaptando romance de Stephenie Meyer. Estrelando: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Ashley Greene, Billy Burke, Peter Facinelli, Kellan Lutz, Jackson Rathbone e Nikki Reed.
Porra, Man! 
eu achei o filme horrível! concordo com tudo que você falou!
Ms continuo gostando dos livros
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Bom, por culpa dos filmes que me apresentou a história desta forma, não tenho nem ânimo de ler os livros hehehe.
[] ´s
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Ainda nem li o texto mas, de cara, já queria elogiar sua coragem de dar nota 1 pra um filme com fãs tão xiitas, o que provavelmente irá te render uns comentários bem “agradáveis”, haha.
Daqui a pouco leio e comento melhor.
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Eu, de certa forma, tive coragem ao não execrar totalmente os filmes anteriores. E o segundo, Lua Nova, é o melhor deles e realmente é um bom filme até, mas este Amanhecer foi a gota d´água.
Só mesmo um fã xiita para defender isto.
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O que eu me pergunto desde que eu soube do que se tratava o filme: Se logo no início eles se casam, tem filhos, vivem lua de mel e bla bla bla, pq diabos existe esse filme?
Chiliques de lado, surpreende que você tenha coragem pra ver o filme todo. te admiro por isso.
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Já comecei meu caro, vou até o fim agora hehehehe
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“Durante as quase duas horas o que vemos são tentativas esdrúxulas de se manter um suspense para um clímax que nunca chega, ou pior, que quando parece chegar é resolvido com um “axioma lobisômico” (inventei agora!), uma simples “lei” e fim de papo.” – pois é, pois é. Isso é o pior, eles simplesmente nos deixando esperando uma briga que acaba daquele jeito. Lamentável.
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Pois é Amanda, uma verdadeira brochada cinematográfico isso hehehe.
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Você não tem ânimo para ler o livro e eu não tenho ânimo nem pra ver o filme. rsrs
Vi todos os filmes da saga no cinema até aqui, mas esse me desculpem, vai ficar pro DVD mesmo.
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HAHAHAHAHA Adorei o ultimo parágrafo.
Bom, olha só… Eu li os livros. E de fato, é bem ruim. O ultimo livro é fraquissimo, como se Meyer não soubesse como terminar toda aquela novela. E é claro que com um filme daria para adaptar Amanhecer. Eles dividiram em duas partes pra abocanhar bilheteria, evidente.
E o mais broxante? Fica esse clima de suspense, com os Volturi tocando o terror e no fim, nem sequer um sanguinho derramado =( Desculpa o spoiler, eu imagino que vc não irá ligar de qq forma =P
Bjs
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E eu tava discutindo com um sujeito na fanpage do blog que não tinha como o ultimo filme, no caso Amanhecer Parte 2, ser pior que este, mas pelo que você acabou de falar vai ser mais uma brochada cinematográfica.
Preparar um clima de “tensão”, ficar só nas preliminares pra na hora H não ter nada é de lascar viu.
Bom, mas já vim até aqui Natália, vou até o fim! É como o cinema me ensinou no século passado: “Retroceder nunca, render-se jamais!”
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até que enfim eu pensava que esse dia nunca chegaria..você achar um filme da saga Crepúsculo Ruim..bem eu já sabia desde o inicio…pra não dizer que a série não presta eu gostei do “eclipse” mais o resto pelo Amor de Deus!!
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Eu não gosto de nenhum dos filmes fica aquela enrolação uma baboseira chega a dar nojo sério,espero que os fãs entendam para que 2 filmes sendo que em 1 já contaria toda a história?para que ficar toda hora mostrando o tal de Taylor sem camisa?e outra se for analisar friamente os atores desde o primeiro filme alias o unico que eu vi acham que não precisam se esforçar aparentam esperar o final da gravação e pegar seu cheque.São vários erros e outra vir para ao Rio de Janeiro vampiro odeia calor e o Rio de Janeiro é conhecido exatamente pelas suas altas temperaturas.Marcio e demais amigos que foram no cinema parábens pela coragem.Eu passo longe desse filme e do seu final.
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rapaz, que porra foi essa? clichezão essa coisa … porra, 2 horas de enrolação pra nada … cochilei duas vezes e viajei quando rolou aquela palavra em inglês… dá có foi?
e o pior foi a patroa no final “parte 2 vai pegar fogo” ahauhauah …. é cada uma.
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Podia pegar fogo mesmo, no filme e nem ser exibido né? hehehe
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só cliquei pq essa Kristem ta uma tchutchuca na foto 😀
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A meninda é bem gatinha!!
uahauhuaha
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Que conclusão FODA!!!
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Apesar do filme ser muito Criticado e em alguns Blogs estarem na lista dos piores do ano..eu já assisti esperando o pior mesmo…mais com o desenrolar do filme acabei gostando..não sei como..mais até que não é um filme tão ruim como alguns dizem….continua a mesma coisa..atores sem graça….romance azedo e etc…mais no final é um bom filme ainda dá pra engolir essa melação até a parte final..vamos esperar pra ver se a parte.2 supera essa aqui..vamos ver o que nos aguarda!!
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