Nem todo mundo se dá conta, mas às vezes levamos nossas vidas no automático e acabamos esquecendo de tudo que está ao nosso redor. Já aconteceu comigo – e provavelmente com boa parte daqueles que estão lendo este texto – e é sempre preciso que algo nos tire do chão, do lugar comum, para que possamos acordar do “transe” e enxergar a realidade, só a partir daí podemos tomar alguma iniciativa (ou nenhuma, procrastinar é uma arte milenar). Baseado em um romance escrito por Kaui Hart Hemmings, “Os Descendentes (The Descendants)” nos traz uma história que segue justamente esta “linha” de forma muito singela e interessante.
Na trama somos apresentados a um advogado de meia idade conhecido como Matt King (George Clooney, “Amor sem Escalas”) que vê sua vida mudar completamente após sua esposa sofrer um acidente de lancha. Em coma no hospital e já ‘desenganada’, Matt precisa aprender a conviver com suas duas filhas (e se aproximar delas, na verdade) e ainda enfrentar sentimentos conflitantes à medida que vai descobrindo algumas coisas.
Conversar sobre as reviravoltas da vida é tarefa costumeiramente presente nos cinemas e “Os Descendentes” nos chama para refletir sobre diversos assuntos como decepções, morte, sofrimento, lealdade, paternidade, família, e por aí vai. O que não é muito comum é vermos filmes que consigam equilibrar de forma eficiente tudo o que gira ao redor destes temas sem cair na pieguice, e este é um dos pontos fortes desta produção que consegue ir do drama ao humor de forma fácil e leve.
O peso das cinco indicações ao Oscar de 2012,dentre elas a de melhor filme, talvez tenha aumentado as minhas expectativas em níveis além do que o filme dirigido por Alexander Payne pudessem me satisfazer. É fato que trata-se de uma obra muito bem trabalhada na parte técnica (a fotografia é muito linda), tem uma trilha sonora “havaiana” que nos ambienta muito bem ao clima local – as pessoas lá realmente andam com aquelas camisas a todo instante? Será mesmo? – e as atuações são realmente boas, mas parece que falta algo mais, algo que justifique tamanho apreço por essa produção que é sim bonita e sutilmente emocionante e divertida, mas que não nos entrega (em minha humilde opinião) nada muito fora do comum.
Apesar de discutir sobre importantes questões e de ter a capacidade de nos fazer refletir sobre nossos atos e a forma como, às vezes (ou quase sempre, ou até mesmo agora) estamos levando nossas vidas, “Os Descendentes” é daqueles filmes que preferem não ousar e que seguem uma trajetória totalmente segura e apenas satisfatória.
Os Descendentes (The Descendants, 2011/2012 – 115 min)
Drama, Comédia.Dirigido por Alexander Payne com roteiro de Alexander Payne e Nat Faxon adaptando romance de Kaui Hart Hemmings. Estrelando: George Clooney, Judy Greer, Shailene Woodley, Matthew Lillard, Beau Bridges e Robert Forster.
É porque você só se “emociona” com meninos que são bruxos e mulheres que acham que são cisnes ou que não se importam com o fim do mundo.
ahauhauahuahauhauh
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É capaz de você ter atpe razão hahahah. De qualquer forma eu não posso mentir ou dizer que o filme é excelente sem ter achado, só por conta do Oscar 🙂
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Era perceptível que o filme não fosse grande coisa. Verei mesmo por conta de suas indicações ao Oscar. Apenas isso.
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É isso, o filme não tem nada demais, nada extra, nada inovador. Mas, sua simplicidade é muito cativante e bem realizada, por isso me conquistou. Um belo filme.
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Gostei do seu comentário Márcio, gostei do filme, ele nos faz refletir sobre nossa acomodação, nossa dificuldade de estar proximo das pessoas que nos cercam, Concordo que ele arrisca pouco, só na mistura de humor com dor.
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marcio ,vc só gosta de assisti filmes do tipo que acrescente alguma coisa na vida,vc é muito sentimental hein meu querido 🙂 kkkkk mais enfim ,boa crítica.
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Gosto quando o filme me emociona sim, mas não é exclusividade! hehehe
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Muito boa a resenha man! Este deve ser meu proximo filme. Como sempre, você escreve muito bem. Abraços!
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AH, então era desse filme que comentou no facebook? rs
É um filme normal. Não é ruim. Não é muito bom. Não ficará na minha memória muito tempo.
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Eu achei um filme muito bom, mas assim como DDII_ eu não vou lembrá-lo daqui a um tempo…
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Será o próximo filme que irei assistir. Gostei da sua resenha 😉 Abraços!!!!
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Valeu pelo elogio, abração 🙂
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Acho que sua opinião foi influenciada pela ‘pressão’ das indicações ao Oscar. Comigo aconteceu o inverso, quando estava quase entrando no cinema, encontrei uma amiga no shopping que disse que não gostou nada. Da mesma forma que em você causou um pouquinho de decepção, em mim causou uma surpresa extremamente positiva! Gostei muito do filme! Ri e chorei um bocado, e eu adoro quando um filme faz isso comigo! Achei três controles pouco, eu teria dado quatro… Mas enfim, que venham os outros indicados!
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Filme chapa branca, feito p/ agradar os velhinhos da Academia. O Oscar está muito fraco nesse ano. O Artista é interessante, mas não é um filme inesquecível.
Se o Oscar fosse séria, A Separação passaria o rodo.
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Também estou achando, nenhum filme ainda que você diga “Porra, man! Esse é demais”.
Ainda preciso assistir “O Artista”
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realmente ótimo…eu não curto muito esses tipos de filmes muito Dramáticos..mais desse aqui eu gostei..muito divertido…a relação deles com as filhas e o Sid são uma das cenas mais engraçadas do filme.. é um filme que começa arrastado sem muito atrativo depois que a história vai se desenrolando…vai ficando mais legal..as coisas começam a correr no tempo certo…e o George Clooney atua muito bem nesse filme..e o elenco é ótimo também!!
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