Uma bonita história real como plano de fundo, um belo casal de protagonistas e uma gostosa trilha sonora, ingredientes perfeitos para se fazer um bom romance não é? Só que não bastam bons ingredientes para uma receita funcionar, precisa-se muito além disso, desde bom preparo até mesmo carinho e paixão, elementos importantes que não são encontrados no romance “Para Sempre (The Vow)”. Do início ao fim uma produção que não traz nenhum encantamento ou emoção, por mais que a dupla protagonistas se esforce e pareça ter dado o seu melhor o filme não funciona.
Na história real, um casal sofreu um acidente enquanto estavam no seu carro e um caminhão chocou-se com eles. A mulher tem um traumatismo craniano e após um tempo em coma perde a memória recente. A trama então se baseia nisto para seguir a vida de Leo (Channing Tatum) e Paige (Rachel McAdams). Da memória dela tudo o que aconteceu nos últimos 5 anos foi apagado e ele passa a ser um estranho e desconhecido. A partir daí Leo irá lutar com tudo o que tem e de todas as formas para reconquistar a sua esposa.
A premissa era muito interessante e a própria força do acontecimento real, teoricamente, seria suficiente para sustentar uma bela história, mas a direção de Michael Sucsy (desconhecido para mim) é muito fraca e não consegue tornar sua obra em algo romântico ou, quanto nada, levemente engraçado. O roteiro por sua vez não sai muito do lugar comum e também não ajuda. Para não dizer que nada aqui se salva, justiça seja feita, existe um cuidado na parte técnica e as cenas possuem uma fotografia muito bonita e bem trabalhada.
A linha de frente do elenco traz uma interessante dupla de protagonistas, a bela Rachel McAdams (“Sherlock Holmes 2”) e o ‘garoto do momento’ Channing Tatum (“Anjos da Lei”). Carismáticos e com um passado recente de acertos, os dois parecem se esforçar bastante, mas não conseguem fazer o espectador torcer pelo casal ou sentir uma empatia forte na relação deles na trama. O restante do elenco de apoio não é muito exigido e se bastaram apenas a cumprirem os seus papéis.
Raso e sem trazer a tona nenhum tipo de emoção mais forte e contundente, “Para Sempre” fica apenas na promessa e no ensaio de um bom filme. A todo instante somos lembrados pela narração em off do protagonista que a vida é feita daqueles momentos que guardamos em nossas mentes, é o que nos faz ser quem somos. Seguindo esta linha de raciocínio, esta é daquelas obras que facilmente cairão no esquecimento, na minha memória pelo menos só ficou a bela canção “Pictures of You” do “The Cure”.
Para Sempre (The Vow , 2012 – 104 min)
RomanceDirigido por Michael Sucsy com roteiro de Marc Silverstein e Abby Kohn. Estrelando: Rachel McAdams, Channing Tatum, Sam Neill, Jessica Lange e Jessica McNamee.
É, esse locução lembrando que a vida é feita de momentos, cansam mesmo. Mas, no geral foi um filme que me emocionou, comprei a ideia do casal. Seja mais sensível, Márcio, hehe.
abraços
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Poxa Amanda, eu me acho um cara sensível até demais para os padrões atuais hehehe, mas esse filme não conseguiu me cativar mesmo. E para dizer que não é birra de homem com filme de romance, minha namorada viu e a opinião dela foi a seguinte: “Começa morno e termina morno”.
Que bom que funcionou para você, pelo menos valeu o seu tempo 🙂 hehehe
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Saudades daqui, boas lembranças… pra sempre. =]
Mais um post de qualidade escrito por alguém que através de uma humildade e imensa simplicidade ganha a simpatia facilmente de qualquer pessoa “de bem”. Mesmo quando precisa ser um pouco mais duro em sua opinião. Abraço grande Man. =*
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A intenção é essa Vanessa. Valeu!
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Tenho interesse não e felizmente a patroa não quer assistir.
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Não chega a ser um filme ruim de doer e não causa muitos estragos não, mas realmente é algo para ser esquecido por quem viu e quem não viu ainda repensar duas vezes se não é melhor jogar paciência spider no Windows.
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Eu achei o filme morno do início ao fim. Quando se pensa que vai ficar legal, ele não avança. Mas é “bonitinho”.
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Bonitinho acho que é o máximo de elogio que podemos conceber a esta obra realmente! :*
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essa história de fotografia bem trabalhada na minha terra tem outro nome. “fuja!”
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Nossa, não aguentava mais essa personagem mais chataaaa… e nenhum homem é tão besta que nem esse do filme!!! Vou ler o livro qualquer dia desses pra ver se o lenga lenga é de sua origem
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