Se as mulheres têm a fofoca no banheiro, os homens possuem o famoso papo de bar, e é justamente numa mesa de bar onde três amigos se encontram rotineiramente para discutir sobre as suas vidas amorosas que o filme “E aí, Comeu?” se desenrola com a proposta de divertir o espectador e a pretensão (não atingida, obviamente) de ser “a primeira comédia romântica a falar verdadeiramente sobre o amor”.
Baseado em uma peça teatral de Marcelo Rubens Paiva – sujeito este que admiro desde o dia em que li seu livro “Feliz Ano Velho” – o longa é dirigido por Felipe Joffily com roteiro escrito pelo próprio Rubens Paiva em conjunto com Lusa Silvestre e traz na linha de frente o trio de protagonistas interpretados pelos atores Bruno Mazzeo (“Muita Calma Nessa Hora”), Marcos Palmeira (“A Mulher de Meu Amigo”) e Emilio Orciollo.
A trama acompanha então as desventuras destes três “machos”, um casado (Marcos Palmeira) que desconfia que sua mulher (Dira Paes, “Baixio das Bestas”) o esta traindo, um recém divorciado (Bruno Mazzeo) que agora tenta resistir aos encantos de uma adolescente de 17 anos (Laura Neiva, “À Deriva”) e um solteirão convicto que é apaixonado por uma garota de programa (Juliana Schalch).
De início a linguagem utilizada nos diálogos entre os personagens chama logo a atenção por ser diferente do que se costuma ver em produções nacionais do gênero, para os mais puritanos é até um pouco pesada, mas acaba tornando a história mais crível e condizente com a forma como nós homens conversamos, especialmente em encontros com amigos nos bares. É claro que isto acaba dando à história uma “cara” mais machista, ainda mais se levarmos em consideração a forma rasa como é tratada as questões em relação aos mistérios das mulheres.

Só que não demora muito e a forma escrachada que tudo se inicia vai dando lugar aos costumeiros clichês e toda sorte de melosidades. Para uma produção que em sua divulgação diz ter finalmente conseguindo ‘entender’ o amor e, consequentemente, as mulheres, chega a ser infantil a forma como tudo é resolvido e como tudo vai se encaixado da forma mais confortável e fácil, para o trio masculino obviamente, já que aqui são as mulheres que precisam servir aos propósitos masculinos.
Dos atores não existe nenhum grande destaque, as atuações num geral estão num nível razoável. Existem alguns personagens desnecessários (uns estão na fila do banheiro, outros ficam no jogo do senta e levanta da mesa apenas para soltar uma ou duas frases) e existem aquelas que estão ali apenas para entregarem alguns minutos de beleza. Acredito que o que me deixou menos feliz foi Bruno Mazzeo, cada vez que vejo ele atuando em algo novo fico sempre com a sensação que seu programa no Multishow “Cilada” (não conta o filme), foi a única coisa legal que ele fez.
Em meio a algumas rodadas de piadas e situações previsíveis, “E aí, Comeu?”, apesar de seu desfecho manjado e situações nada originais ainda consegue divertir de forma tranquila e sem “ofender” muito o espectador, o que me levou até mesmo a aproximar a sua classificação para cima (merece um pouco menos, sem dúvidas). Que fique registrado: Se por um acaso em um futuro próximo eu me arrepender desta classificação dada, a culpa foi da quantidade de cerveja servida por seu Jorge.
E aí, Comeu? (2012 – 100 min)
ComédiaDirigido por Felipe Joffily com roteiro de Marcelo Rubens Paiva e Lusa Silvestre. Estrelando: Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira, Emilio Orciollo Netto, Dira Paes, Juliana Schalch, Laura Neiva e Tainá Müller.
Rapaz, seu Jorge deve ter lhe servidos mais de 10 litros de cerveja para vc ter classificado essas “produção” (não consigo chamá-la de filme) com 3 controles. Eu realmente achei que viria a nota 1 controle. Que filme péssimo. Pouquíssimas situações de humor, do resto, um verdadeiro saco. Com certeza classifiquei como o segundo pior filme que assistir (o primeiro é Mar Aberto). caramba, sai do cinema me perguntando qual a história do filme? Que mensagem ele quis me passar??
A sua resenha está muito boa, só a nota que distoa mesmo. para quem deu 4 controles para vingadores, 3 para aí comeu chega a ser ofensivo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Mas tá valendo. Valeu pelo post!!
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Ruim eu não achei e 1 controle não daria, mas talvez 2 controles fosse mais condizente. A culpa é de seu Jorge.
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eu marquei no Filmow:”não quero ver”….
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Tá certo também Thiago hehehe
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Concordo contigo sobre a impressão com Mazzeo. Depois do Cilada na TV, só foi ladeira abaixo. E também daria um 2,5 pra 3 controles.
Quanto à linguagem pesada, fiquei aliviado de ter ido sozinho, pois naquele início ficaria constrangido se eu tivesse levado alguma garota comigo =D
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Se rolasse partir um controle no meio também daria a noita 2,5 controles (como fiz no Rotten Tomatoes).
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Pois é, tava eu e minha namorada, foi tenso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
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Eu to com uma curiosidade mórbida de ver esse filme, mas acho que vou acabar deixando de lado. Vamos ver.
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Toma umas duas e encara pra ver no que vai dar… Se bem que aposto que você não iria curtir muito.
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Tô rindo muito a cada nota baixa do pessoal vc desce a sua mais, massa você sabia??? E sempre botando a culpa na cerveja do seu Jorge. kkkkkkkkkkk
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“Só que não demora muito e a forma escrachada que tudo se inicia vai dando lugar aos costumeiros clichês e toda sorte de melosidades”.
Bom, o que você chamou de clichês e melosidades foi exatamente o que, para mim, tornou o filme interessante. Porque, na verdade, é o que mostra o quanto aquele papo de bar, é só papo mesmo. Eles se apresentam como os tais, mas no fundo, são inseguros, bobos e dependentes de mulheres. Diante de algumas bobagens que o cinema nacional já fez, não acho esse ruim mesmo.
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Rapazzzz, eu curti bastante! Talvez seja “culpa” da minha quase devoção por Marcelo Rubens Paiva. Acho que ele escreve histórias muito boas. E, sobre Mazzeo, eu sempre espero o pior dele, logo, me surpreendi e me diverti muito com sua atuação. 🙂
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Eu me arrependi profundamente em ter visto esse filme no cinema,achei a história chata,as atuações fracas e esse tipo de diálogo mais liberal e tals,não serviram em nada para melhorar a qualidade do filme,infelizmente o cinema brasileiro ainda esta meio fraco,com produções até boas,mas que ainda precisam melhorar e muito!!!! minha nota e 2 ou 1 controle
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O filme pode não ser bom, mas não é ruim, e não deixa de ser interessante saber o que acontece nesse papo de boteco masculino, hehehe. Me identifiquei com o comentário de Amanda, pois termina mostrando as dúvidas e incertezas que podem passar sobre a mente dos homens.
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Tentar desvendar os mistérios das mulheres, este sim seria um filme impossível de se fazer
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Esse é certo que vou esperar o DVD… eu já imaginava que ele ia cair em clichês depois de um tempo…
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Se esperar aparecer na TV vai ser melhor ainda que economiza uns trocados.
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Tem filme que me deixa com remorso de ter preconceito com filme nacional, já esse me faz pensar 30 vezes antes de voltar a entrar numa sala de cinema para ver filme nacional, incrivelmente tedioso. No máximo, nota 1 por consideração à paisagem. Péssimo!
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Um filme que é adaptação de Marcelo Rubens Paiva (eu também adoro Feliz Ano Velho), mas que tem Bruno Mazzeo na parada… Ver ou não ver? Eis a questão!
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Olhe Adécio, não é um filme imperdível não, se estás na dúvida por não suportar Mazzeo acho melhor esperar ele aparecer na tv.
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Não tive um pingo de vontade de assistir a esse filme.
Até porque não gosto do Bruno Mazzeo
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Não está perdendo muita coisa Beto.
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O filme AI comeu? Posso considerar uma realidade , embora não queremos aceitar a tal situação. Homens não vão em bar? O qual o papo? Como se senti a sua Esposa|namorada sozinha? Logico que o filme tem um humor e uma lição . Basta observar a mensagem e ter outro olhar.
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rapaz, vou pular fora.
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Filmes nacionais só na pirataria, para que o custo seja zero já que a decepção é quase certa. Tenho pena de quem viu esse filme no cinema. Não vale a pipoca.
Assisti acompanhado, constrangido e arrependido de não ter baixado coisa melhor. Agora aprendi: Nunca coloque um filme nacional como “O programa” da noite.
Eu até queria ver o Cilada mas se for que nem esse….putz.
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