Desde 1995 que a Pixar emociona o mundo com animações que já se tornaram clássicos do cinema moderno, conseguindo com isso atrair um número imenso de fãs ao redor do planeta. Não é à toa que seus lançamentos sempre estão na minha lista dos filmes mais esperados do ano e “Valente (Brave)” não fugiu à esta regra, apesar de ter sido alvo de críticos que dizem que o estúdio estaria perdendo a mão por conta da união com a Disney, que estaria minando a criatividade e originalidade em detrimento a esquemas mercadológicos de sucesso financeiro. Pode até não ser tão genial como outros grandes clássicos do estúdio, é verdade, mas não deixa de ser um ótimo filme por conta disto.
Na trama acompanhamos a vida da princesa Merida, uma jovem determinada a trilhar seu próprio caminho e fugir dos costumes locais impostos por sua mãe. O grande problema é que, ao desafiar estes costumes (e também a vontade da Rainha), ela acaba trazendo o caos e a desordem ao seu reino e, de quebra, colocando a vida de sua mãe em grande perigo. Merida então terá que aprender a ser responsável e, com a ajuda de seu arco e flecha, desfazer toda a confusão que criou.
A história não traz realmente nada fora do comum, é uma jornada de aprendizado que a protagonista precisa seguir para trazer novamente a paz ao seu reino e, claro, desfazer toda a bagunça que criou por ser totalmente inconsequente. Durante esse caminho que Merida percorre, somos agraciados com uma aventura empolgante imersa em um cenário com um visual muito bonito e que soube explorar nas horas certas os momentos de diversão (os melhores são todos aqueles que envolvem os três pestinhas irmãos de Merida).
Existe alguma influência ou elementos da cartilha Disney de produção de “contos de fadas”? Sim. Existem algumas passagens musicais por exemplo que, inclusive, são bem ruinzinhas, mas nada que atrapalhe muito o desenvolvimento do filme. Mais forte que isto é a presença de elementos das animações orientais do grande Miyazaki (“A Viagem de Chihiro”, “O Castelo Animado”, etc.) que deram uma dinâmica interessante à jornada de nossa carismática heroína, que luta a todo instante para poder trilhar seu próprio destino.
Ao contrário do que alguns “mimizentos” estão esbravejando mundo afora, “Valente” é uma animação admirável. Está claramente em um patamar abaixo de produções como “Wall-E”, “Toy Story”, “Up – Altas Aventuras”, “Procurando Nemo” (e por aí vai), mas acredito ser um enorme exagero taxar uma obra tão divertida e bacana como esta como prova de uma decadência do estúdio. Se ser “apenas ótimo” é perder a mão, não tenho dúvidas que estaríamos vivendo agora num mundo de manetas.
Valente (Brave, 2012 – 95 min)
Animação, Aventura, Fantasia.Dirigido por Mark Andrews e Brenda Chapman com roteiro de Mark Andrews, Brenda Chapman, Steve Purcell e Irene Mecchi. Vozes (no original): Kelly Macdonald, Emma Thompson, Billy Connolly, Kevin McKidd, Craig Ferguson, Robbie Coltrane e Julie Walters.
Sou mais um dos milhares de fãs da Pixar e depois de um certo tempo adquiri plena consciência de que nem tudo que o estudo faz é uma obra de arte, mas certamente dá pra se divertir numa boa. Sem dúvidas, ‘Valente’ não deve ser menos que ótimo, mesmo não estando à altura de outras produções, como minha favorita – ‘Wall-E’.
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Filme é divertido. cumpre ao que se propõe e isso não faz dele um filme ruim, muito pelo contrario fazia um tempinho que não me divertia assim com uma animação leve e descontraida. Acho estranho essa mania de criar expectativa de que cada coisa que uma produtora faz tem que ser melhor que o anterior, algumas pessoas chegam a não aproveitar o filme por causa disso.
Se não tivesse os musicais (fraquissimos) e um roteiro um pouco melhor na parte final seria um filmão
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Os musicais são mesmo o ponto fraco do filme e vocêe tocou num ponto interessante (lá ele), essa expectativa das pessoas em querer que a Pixar lance a todo ano um clássico, épico dos épicos da animação.
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tbm sou fã de carteirinha das animações da Pixar….quando assistir ao primeiro filme do estúdio “Toy Story” em VHS,achei muito incrível, pra mim uma inovação na época..eu me apaixonei por filmes em computação gráfica me tornei um verdadeiro admirador desta obra…assim como não perdi os filmes anteriores não perderei este…
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Não perca Thiago, mesmo não estando no topo como outras animações da Pixar que citei no texto, é uma aventura muito gostosa de se assistir.
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Concordo plenamente!As luzes azuis me lebraram MUITO aqueles monstrinhos da floresta que tem numa animação do Miyazaki, se não me engano é Mononoke Hime. Valente me surpreendeu.
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Isso, em a Princesa Mononoke tem esse lance dos espíritos da floresta muito semelhantes aos de Valente. Fora aquela bruxa que parece ter saido também de algum filme de Miyazaki.
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Realmente a bruxa parece sair de um filme de Miyazaki. Vocês falando agora, a luz pode ter alguma “inspiração” mesmo, apesar de ser também uma questão da cultura celta, que está meio disfarçada no filme. Vide símbolo do arco dela.
A Princesa Mononoke é “reprisada” mesmo no filme Branca de Neve e o Caçador, com direito a árvore e gamo em uma ilha no meio da floresta.
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É Amanda, me lembrou mesmo a luzinha do filme de Miyazaki que pode ter se inspirado até nessa cultura Celta, vá saber.
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Fala Márcio! Eu acho que estúdio não está caindo por causa de Valente em si ou da Disney. Essa união já tem tempo e propiciou boas aventuras neste meio tempo. O que vem acontecendo é que a Pixar perdeu a mão em valorizar seus trabalhos, dar substância, oferecer algo mais. Se resumiu a ser uma coisa rasa e sem propósito. Valente não faz jus ao título. Ela não é valente, é egoísta e covarde, pois somente quer fugir de suas responsabilidades. O filme não corresponde em nada o que o trailer sugeriu. Uma obra muito fraca para um estúdio acostumado a apresentar boas produções como a Pixar.
O que gera os comentários intriguentos é justamente a sequência de obras fracas. Começou com Carros 2, agora Valente algo que não acontecia antes e que parece será a nova tônica do estúdio. Eu duvido muito que este longa faça o mesmo sucesso de outas ótimas obras da Pixar e isso é ótimo, pois pode resultar numa reavaliação de rumos e quem sabe a volta ao estilo que os consagrou.
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Porra man, discordo bastante de você, sério mesmo.
Em primeiro lugar não achei o filme “fraco”, de forma alguma. Divertido, bacana, um visual estupendo e uma história bem legal.
A personagem principal começa realmente egoísta, como qualquer adolescente, egoísta, inconsequente, mas depois ela precisa ser Valente sim, para arrumar toda a porcaria que fez. E no meio disso tudo ainda tem o laço bonito entre mãe e filha, e a filha vai percebendo o quanto sua mãe a amava.
Você diz que não está caindo por causa de Valente a Pixar, em sua opinião, mas diz que devido aos últimos filmes (não vi Carros 2 e até acredito que seja ruim, mas mesmo se for não julgaria da mesma forma que você) e “Valente” está no bolo, a qualidade caiu e não sei o quê.
Se para ti, toda obra da Pixar tem que ser espetacular e, ainda por cima, fazer um grande sucesso de bilheteria (não acho que Valente vá ser um fracasso nas bilheterias…), aí realmente complica a situação do estúdio.
De qualquer forma aceito a sua opinião, mas não concordo nem um pouquinho. 🙂
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Eu gostei muito de Valente também. Achei a relação mãe e filha que ele traz muito boa. Fora que a técnica é incrível… Vários pontos positivos e concordo plenamente com você, só porque não é uma obra-prima não é bom?
É um belo filme…
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Isso Amanda, é porque tem gente exigindo uma obra prima para cada lançamento da Pixar, complica.
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eu acho que a velha foi de “a viagem de chihiro”…lá tem umas irmãs Bruxas gêmeas…
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Eu gostei bastante!
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Tô muito curioso pra ver esse filme. Nem a critica negativa do mimizento Rubens Ewald Filho(Rs)tirou meu animo. E saber que tem um toque dos longas animados do Miyazaki já me deu uma ótima impressão dele. Eu também adoro as animações da Pixar (Em especial o Wall-e), eles são fantásticos!!! \O/
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São fantásticos mesmo Leandro, Valente não chega ao nível de Wall-E, logo lhe adianto, mas mesmo assim vale muito à pena.
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hahahah profética essa sua frase final, maravilha!
e caramba, wall-e, toy story, up, nemo… é muito difícil comparar, o nível é extremamente alto.
ainda não assisti a Valente, mas tenho certeza que vou me divertir assistindo, apesar desses números musicais, algo que eu não sou muito fã.
saber das referências a Miyazaki me animou ainda mais.
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Melhor ainda Bruno é o curta que tem antes do filme. Não deixe de assistir
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