Depois que “Cidade de Deus” ganhou o mundo com direito a diversas premiações e 4 indicações ao Oscar, Fernando Meirelles conquistou um grande prestígio no cinema estrangeiro – que fez com que ele dirigisse produções como “O Jardineiro Fiel” e “Ensaio Sobre a Cegueira” – e “360” é mais uma “aposta” internacional com o cineasta brasileiro que possui uma premissa até interessante mas sem trazer muitas novidades.
Adaptando uma ‘peça’ clássica de Arthur Schnitzler chamado “La Ronde”, o filme trata-se de uma reunião de histórias passadas em diferentes cidades – começa em Viena e passa por Paris, Londres, Rio de Janeiro, Bratislava, Denver e Phoenix – onde diferentes personagens de diferentes posições sociais e financeiras vivem as consequências de suas escolhas amorosas.
Dinâmica, a trama vai se construindo aos poucos e é interligada por pequenos arcos onde as ações de alguns vão influenciando na vida dos demais. Pessoas vão entrando e saindo de cena rapidamente, um estilo de narrativa que não é novidade há pelo menos 360 anos mas que funciona mesmo tendo algumas coisinhas não bem aproveitadas e/ou aprofundadas.
Além da direção a cargo de Meirelles outro fator que me fez ir ao cinema assistir “360” foi o elenco que conta com nomes bem conhecidos como Anthony Hopkins (“Thor”), Jude Law (“Um Beijo Roubado”) e Rachel Weisz (“Um Olhar do Paraíso”) mesclados com alguns rostinhos pouco conhecidos e dando espaço até para nossos conterrâneos Juliano Cazarré e a linda da Maria Flor (“A Suprema Felicidade”). A direção de Meirelles é muito boa e ele soube reunir um elenco realmente interessante e que trabalha muito bem no filme, com destaques para Hopkins (sempre um monstro) e Ben Foster (“Pandorum”) que está impressionante como um recém liberto da prisão (onde cumpriu pena por estupro) que vive momentos limites em relação às suas antigas tentações.
A insinuação do título não é à toa, “360” quando chega ao seu desfecho faz uma volta completa e retorna ao ponto onde tudo começou. É verdade que geometricamente não é um círculo perfeito, tem lá seus desvios e não trata-se definitivamente de uma produção imperdível e nem muito original, mas é sim um bom filme. No final das contas tanto a direção muito segura e acertada de Fernando Meirelles quanto o belo trabalho do elenco tornam “360” uma experiência agradável e que deixa algumas importantes lições.
360 (2011/2012 – 110 min)
DramaDirigido por Fernando Meirelles com roteiro de Peter Morgan. Estrelando: Anthony Hopkins, Jude Law, Rachel Weisz, Ben Foster, Vladimir Vdovichenkov, Maria Flor, Lucia Siposová, Gabriela Marcinkova, Johannes Krisc, Dinara Drukarova, Jamel Debbouze e Juliano Cazarré.
Eu gostei bastante, principalmente da montagem e algumas atuações, mas o clima do filme me envolveu.
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Gostei também, uma experiência realmente agradável e um filme gostoso de se assistir, apesar de não ser nada de outro mundo.
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Velho, o site tá fodão, entro aqui uma vez por dia (no mínimo) e sempre tem uma crítica nova. Sempre tenho o que ler, está baaaala! E quando vi o trailer me interessei, tem um toque de Crash no Limite por ai, e curto muito o gênero. Abraço.
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Com eu e mais duas pessoas escrevendo aqui a ideia é justamente esta Mateus 🙂
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O mais interessante é que a abordagem dos 3 são diferentes, tanto em escrita quanto em escolha dos títulos. Abraço, sucesso.
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Isso me faz lembrar que preciso atualizar o blog e colocar uma página decente com a apresentação de todo o time e tudo mais.
É isso aí, Dani fica com os filmes de terror e afins, Elvis com os grande clássicos e eu fico com as coisas mais “atuais”.
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SE FOI O MEIRELLES QUE DIRIGIU,DEVE SER MESMO BOM,ADORO ELE E O WALTER SALLES,NÃO É ATÓA QUE OS DOIS ESTÃO DESLANCHANDO LÁ FORA,E SÓ DE TER O ANTHONY HOPKINS E A RACHEL WEISZ JÁ VALE MAIS DO QUE A PENA.
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Qual lição você aprendeu? Não traia sua namorada? hehehehehe…
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Tinha que ser o chaves heheheeh
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Filminho legal, gosto dessas histórias cruzadas. Concordo com você, Márcio, é uma experiência agradável. Recomendo!
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Adoro a Maria Flor. Acho uma ótima atriz. O Juliano Cazarré é uma surpresa pra mim. oO primeiro trabalho que vi dele achava ele inexpressivo. Mas com o tempo vi que era só uma impressão.
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