Desde que foi lançado no ano de 2011 tendo estreado em diversos festivais ao redor do mundo (Sundance, Cannes e até no Rio) que o filme de Jeff Nichols “O Abrigo (Take Shelter)” vem sendo muito bem recebido, tendo inclusive já ganho 33 prêmios e mais de 60 indicações. Motivo suficente para fazer qualquer um “dar seus pulos” para conseguir conferir esta interessantíssima obra estrelada pelo ótimo ator Michael Shannon, um trabalho que é até difícil de classificar em um gênero específico, mas que merece realmente todos os elogios.
Na trama acompanhamos a vida de Curtis (Michael Shannon, “Jonah Hex”), um pai de família que começa a ter visões e sonhos apocalípticos relacionadas a chegada de um tornado. Ele inicia então a construição um abrigo para proteger a sua família da ‘vindoura tempestade’ e, com isso, começa a assustar e a preocupar sua esposa (Jessica Chastain, “A Árvore da Vida”), os seus amigos e outras pessoas próximas a ele que estão certos de que, aos poucos, ele está enlouquecendo.
O clima do filme é uma espécie de mistura dos estilos de David Lynch com Shyamalan, muito suspense (com um ou outro sustinho bacana) e paranóia constante. Curtis está se medicando e todas essas visões e sonhos será que é loucura da sua mente por conta da medicação ou será o quê? O personagem interpretado perfeitamente por Michael Shannon começa a ter que enfrentar um terror incrível, algo que ele nunca sabe se é real ou imaginário e, colocando esta dúvida constante também na cabeça do espectador. O roteiro é muito hábil em construir uma história de mistério bastante interessante.
E como classificar uma produção dessas? Trata-se de uma mescla entre drama e suspense que não deixa espaço algum para ação ou uma levada mais “frenética”, para quem não gosta de filmes mais “parados” é complicado indicar “O Abrigo” para assistir. Talvez este fato tenha feito ele não ter aparecido no circuito comercial ainda (não que eu tenha visto) até porque “vender” esta obra para o público mais “comum” seria uma tarefa bastante complicada.
Em tempos em que explosões de efeitos especiais e demais argumentos espalhafatosos ocupam um bom espaço nos filmes produzidos, ver um trabalho como este, que caminha numa direção oposta a esta “nova tradição cinematográfica” dando até aquele ar de produção “indie” e que mistura tão bem alguns dos gêneros mais interessantes de forma tão acertada, é muito revigorante.
Não é também que seja uma obra prima da sétima arte, mas é muito feliz em possuir além de um roteiro bem construído, uma direção segura e atuações muito fortes e convincentes. Como se isso tudo já não bastasse, ele ainda nos reserva um daqueles finais estonteantes e arrebatadores.
O Abrigo (Take Shelter, 2011 – 120 min)
Drama, Suspense.Um filme de Jeff Nichols com Michael Shannon, Jessica Chastain, Shea Whigham, Katy Mixon e Kathy Baker.
Me parece ser muito bom. Vou dar uma conferida. A propósito, você viu o Emmy ontem? Homeland abocanhou os principais e Hatfields & McCoys se saiu bem também.
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Não consegui acompanhar o Emmy “ao vivo” ontem mas dei uma olhada hoje nos vencedores e, para quem assim como eu assistiu estas duas séries que você citou, não foi nenhuma surpresa sabe Mateus. Dois seriados muito bem produzidos e com ótimas atuações.
Se você ainda não assistiu algum deles pode ir conferir.
[]´s
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Atualmente não tenho como conferir nenhum dos dois, mas estou pensando em adquirir Homeland (que já está com pré-venda). A outra eu vou ter que ver depois por meios alternativos (vai passar no space em novembro também). Perguntei a Dani e agora queria saber de você, assisti alguns episódios de American Horror Story (que foi indicada em 3 categorias e ganhou em uma), o que você acha? Já assistiu algum? Abraço.
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Assisti hatfields e mccoys ontem e posso dizer q merece todos os premios q tenha recebido!
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PARECE SER BEM INTERESSANTE,VOU PROCURAR PRA ASSISTIR.
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Parece ser interessante, qualquer dia desses eu vejo se assisto.
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Então deixa que vou conferir.
rsrs
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“Curti mais ou menos”. Trata-se de um filme meio parado, meio “non sense”, meio estranho, diferente, um bom suspense, sem dúvidas. Mas… É o final que o salva. É para quem já está mais evoluído na 7ª arte, talvez.
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É realmente um filme bem parado e mais introspectivo.
Mais evoluído na sétima arte no sentido talvez de ser daqueles que de tantos filmes que assistem, ver algo que foge do comum é bem vindo. Pelo menos penso assim.
Mas você tem razão, é non sense, estranho e parado.
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O elenco do filme está realmente muito bem, mas senti falta de um “algo mais”, principalmente no fim, que não achei nem um pouco arrebatador, pra usar o seu termo.
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O final me deixou com a sensação daquele desenho “Carangos e Motocas” quando a motinha repete eternamente: “Mas eu te disse, mas eu te disse…”
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Eu estava esperando um final onde todo mundo desacreditava o cara e daí vinha a tempestade e passava a lenha em geral, exceção feita a ele e sua familia.
A ideia do fim nao foi ruim, mas a achei mal executada.
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