O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs) – 1991

O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991 – 118 min)
Suspense, Thriller.
Dirigido por Jonathan Demme, roteiro de Ted Tally, baseado no romance homônimo de Thomas Harris. Elenco Principal: Anthony Hopkins, Jodie Foster, Lawrence A. Bonney, Kasi Lemmons, Lawrence T. Wrentz, Scott Glenn, Anthony Heald e Frankie Faison.
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Mesmo antes de ter aulas de criminologia na faculdade eu já tinha um grande interesse por serial killers e psicopatas em geral, assim sempre que me deparo com um deles em algum filme sobre o tema, o personagem fica gravado na minha memória. É o caso do canibal Hannibal Lecter, que eu conheci por intermédio do filme Hannibal (2001). Agora tenho a oportunidade de prestigiar a primeira aparição deste personagem em O Silêncio dos Inocentes, vencedor de inúmeros prêmios, dentre eles o Oscar de melhor filme.

O filme conta a história da jovem agente Clarence Starling (Jodie Foster) do FBI, que é incumbida da tarefa de entrevistar o perigoso e psicótico Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) na busca de pistas para tentar descobrir a identidade do serial killer Buffalo Bill.

A primeira vista O Silêncio dos Inocentes pode parecer apenas mais um filme de suspense, afinal, podem-se perceber nele todos os elementos presentes em outros filmes do gênero. No entanto, algo fez com que ele recebesse muito mais reconhecimento do que outros tantos filmes com temática semelhante. O fato é que, tecnicamente, o filme todo é muito bem feito, principalmente no que diz respeito a direção e roteiro. Os diálogos presentes nas cenas, principalmente entre Hannibal e Starling são ótimos, mantendo um bom ritmo para a história e criando o ambiente de suspense do filme. A Jodie Foster não me agrada em nada e poderia vir a ser um problema para o filme. Mas, no fim das contas, até ela ganhou um Oscar, então nem dá pra criticar.

Dentre vários pontos positivos que fizeram desse filme um ícone, o maior deles, em minha opinião, foi a presença de Anthony Hopkins no elenco. O ator mergulha de cabeça no complexo papel de Hannibal Lecter e nos presenteia com diversos momentos de uma grande excelência. Depois de assistir O Silêncio dos Inocentes, acho que vai ser difícil não ver Hopkins e Hannibal como um só, mesmo quando ele estiver em outros papéis. Acho que sempre que eu vê-lo vou me lembrar da cena em que ele matou um guarda passando a certeza de estar adorando o clima de matança e violência.

De forma resumida e isolada poderia se dizer apenas que o filme é muito bom. Mas, pensando um pouco na Lista dos 10 filmes para ver antes de morrer, não acho que O Silêncio dos Inocentes seja tão bom a ponto de estar presente nela. Acho que esse filme deve sim ser assistido antes de morrer, mas, imaginando uma hipótese maluca em que você só tenha tempo para assistir 10 filmes antes de passar dessa para uma melhor, pode deixar esse pra próxima encarnação.

“Acredite, você não quer Hannibal Lecter dentro da sua cabeça”
– Jack Crawford

10 comentários sobre “O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs) – 1991

  1. Como assim? Apenas um filme muito bom??
    Acho que você tem que rever seus conceitos de filmes!!
    Um filme que marcou época com interpretações sensacionais e muito bem dirigido. Raramente a academia acerta em suas premiações, mas nesse acertou em cheio.

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  2. Só pra constar, essa não é a 1ª aparição do personagem no cinema.
    Em 1986 o diretor Michael Mann fez “Caçador de Assassinos” (Manhunter) e o Hannibal foi interpretado por Brian Cox. A história se passa antes dos fatos de “Silêncio dos Inocentes”, baseado no livro de Thomas Harris que depois esse filme ganhou um “remake” chamado “Dragão Vermelho” em 2002.
    Quanto ao Oscar o filme fez história ao ser 1 de 3 filmes a ganhar os 5 principais prêmios (ator, atriz, filme, direção e roteiro – adaptado).
    E quanto ao gosto de não ter dado 5 controles acho absurdo, mas é questão de gosto, faz parte. Talvez se você tivesse visto o filme na época coisa e tal. Fizeram tantos filmes parecidos depois que ele acaba perdendo um pouco do impacto. Mas é um filme sensacional!

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  3. Ok Elvis,
    respirei fundo e contei até 500. Repeti o mantra: não vou matar Elvis.

    Mas voltando ao foco, acredito que é um filme bem acima da média. Adoro tudo nele. As atuações, o encaixe das peças, o assassino. Encaro a Judie Foster como a melhor escolha ever para o papel. Os closes dela são incríveis mas obviamente o filme é do Anthony.
    Por sinal, vai ter um textinho meu a rspeito do Hannibal.

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  4. Ainda bem que ninguém sabe onde eu moro. heheh

    Gostaria de dar ênfase a um trecho do comentário do RAMON: “Talvez se você tivesse visto o filme na época coisa e tal. Fizeram tantos filmes parecidos depois que ele acaba perdendo um pouco do impacto. Mas é um filme sensacional!” É bem isso que eu pensei, fizeram tantos filmes policiais parecidos depois que acabou perdendo um pouco do impacto. Como O Massacre da Serra Elétrica, acho.

    Mas de fato o filme é muito bom, Hannibal é um dos personagens mais interessantes do cinema e Antony Hopkins dispensa comentários.

    A partir de agora fico no aguardo do post da Dani Vidal falando sobre o Doutor Lecter enquanto aguardo envelopes recheados e Antrax chegando pelo correio.

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