Griff o Invisível (Griff the Invisible) – 2010

Griff o Invisível (Griff the Invisible, 2010 – 119 min)
Comédia, Drama, Romance.
Dirigido por Leon Ford, roteiro de Leon Ford. Elenco Principal: Maeve Dermody, Ryan Kwanten, Toby Schmitz e Heather Mitchell.

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Se eu precisasse usar apenas uma palavra para definir Griff o Invisível, provavelmente eu usaria surpreendente. Afinal, em uma noite sem muitas opções de filmes para assistir acabei meio que caindo nele e, mesmo sem esperar grande coisa, gostei muito do que vi. Mas na verdade acho que a palavra que melhor define esse filme é a última do título: invisível. Afinal, faz certo tempo que venho falando dele pra todo mundo que eu conheço e parece que ninguém assistiu ou ouviu falar da sua existência, o que é quase um crime. Então, resolvi aproveitar essa onde de criminalidade e cometer dois: 1. deixar de lado a lista dos 10 filmes para assistir antes de morrer por um dia e; 2. falar de um filme de 2010, sendo que meu foco no blog são clássicos do cinema com mais de 30 anos. Mas, já que conto com a permissão do chefe Marcio, vamos ao que interessa.

 O filme conta a história de Griff (Ryan Kwanten), um homem problemático, que vive em um Universo particular onde ele é um combatente do crime. Fora desse mundo ele é socialmente excluído, vítima de bullying por parte dos seus colegas de trabalho e apenas um motivo de preocupação para seu irmão Tim. Porém, tudo muda quando ele conhece Melody (Maeve Dermody), uma mulher que compartilha das suas peculiaridades, se identifica com ele e faz de tudo para se aproximar, mesmo alertada sobre “os perigos da vida de super-herói”.

De início o filme parece ser apenas mais uma bomba de super-heróis com roupas de borracha, mas conforme a história se desenrola e você entende do que se trata ele começa a despertar sua atenção. O roteiro e a direção de Leon Ford (pra mim um desconhecido) são muito bons, a história tem um bom ritmo, boas viradas, emociona, faz rir e cativa o público de uma forma excelente. Ryan Kwanten Maeve Dermody (que para mim são tão desconhecidos quanto o seu diretor) parecem se entender muito bem em cena e juntos formam um casal tão interessante que merece um parágrafo inteiro a seu respeito.

CONTÉM ALGUNS SPOILERS: No decorrer da história o público se depara com uma mescla de sentimentos antagônicos: o medo de ver Griff se acabar como um super-herói e a vontade de vê-lo em ação, afinal é nisso que ele acredita e é isso que ele gosta. De um lado está seu irmão, tentando trazê-lo para o mundo real, onde ele deve ter um emprego e ser, digamos, normal. Do outro lado entra Melody (ex-namorada te Tim, com quem não tinha nada em comum), que não apenas entende as maluquices de Griff, mas se identifica com aquele mundo em que ele vive e tenta fazer parte daquilo tudo. Várias cenas mostram esse relacionamento peculiar do casal, onde Griff tenta afastá-la, dizendo que “sua vida é perigosa demais para ter amigos ou mais do que isso”, mas depois acaba se encantando por ela e percebe que as maluquices que eles têm em comum fazem deles um casal.

Sinceramente, eu não entendo o que vi de tão interessante nesse filme. Trata-se de uma ideia simples e até mesmo um pouco boba, que no fim das contas agrada exatamente por isso (afinal, pelo menos eu gosto de coisas simples e bobas). Posso dizer que, particularmente, me identifiquei muito com o Griff, o que pode até ter influenciado para que eu tenha gostado tanto do filme, mas acredito que o diferencial esteja mesmo no excelente trabalho dos profissionais envolvidos na obra, principalmente de Leon Ford, tanto como diretor quanto como roteirista. Corro o risco de estar enganado e parecer um louco por falar tão bem de um filme que pode ser considerado tão banal, mas desde Little Miss Sunshine (que eu espero que todos conheçam) eu não vejo uma comédia dramática tão interessante e bem feita, capaz de ficar na lembrança por muito tempo como um ótimo filme para ver, rir e se emocionar.

Eu vivo em uma bolha que ninguém, ninguém entra. Eu me sinto como uma alienígena. Eu vivo em um mundo completamente diferente daquele em que todos os outros estão. Eu não consigo me comunicar com ninguém. Eu posso falar com eles, mas eu não posso…me comunicar. Mas você…Griff, você entra nessa bolha”

– Melody

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Melody: Eu sei quem você é. Você é eu, e o oposto de mim. Você é a pergunta, eu sou a resposta. Você é o próton, eu sou o nêutron.
Griff: Você é um campo magnético e eu sou como a luz, para sempre atraído a você.

7 comentários sobre “Griff o Invisível (Griff the Invisible) – 2010

  1. Me interessei pelo filme e vou correr atrás de assistí-lo(só não quis ler a parte marcada com Spoiler para não estragar minhas surpresas).

    Quanto ao ator Ryan Kwanten ele faz a série True Blood e é queridinho da mulherada. Na série ele é bem divertido e parecia ser um bom ator mesmo.

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  2. Eu nunca assisti True Blood, na verdade, por isso não conhecia o ilustre Ryan Kwanten. Fiquei positivamente surpreso com o trabalho dele, com certeza contribuiu muito para a boa qualidade do filme.
    Espero que assim como vocês, muitas outras pessoas se interessem por esse filme e que o assistam e gostem, assim eu não vou mais me sentir estranho,, como o Griff! HEHEH

    PS.: esqueci de mencionar no corpo da postagem, mas eu gostaria de dedicar esse texto para uma pessoa especialmente estranha, que nem eu. Ou será que estranhos são os outros?

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  3. Não gostei muito do filme. Achei a história meio boba, sem falar dos personagens que não cativaram mto minha atenção. Acho que o protagonista precisa de um tratamento psiquiátrico e a namorada parece ser uma interesseira (ou lunática também?). Na minha modesta opinião, o que se salva é o roteiro e os razoáveis atores.

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