Pois é, demorou mas chegou. O episódio que dará a pausa em The Walking Dead até o início do ano que vem foi tão esperado quanto temido pois poderia colocar toda uma temporada ralo abaixo. A questão é que Made to suffer  foi um episódio incrível, digno de um season finale com drama, ação e um ótimo arco para a volta em 2013.

Inicialmente somos apresentados ao grupo do Tyrese que está fugindo dos zumbis nos arredores da prisão. Apesar de ser meio difícil aceitar novos personagens é algo necessário pois o fluxo é de troca. Alguns morrem e outros precisam entrar no lugar. Novas histórias, novos problemas, novos relacionamentos… foi assim quando o grupo saiu do acampamento e encontrou a familia de Hershel na fazenda ou Michone nesta temporada. Mas o que me surpreendeu mesmo foi Carl. Ele assumiu o lugar do pai na prisão e conduziu o grupo de Tyrese com uma calma fora do comum além da estratégia de mantê-los seguros, porém isolados.

A relação do Governador com a filha é muito doentia. São questões controversas que envolvem aceitação, perda, o fato de Penny ser uma criança dificulta as coisas. A situação em que ela se encontra, no modo zumbi, acorrentada e com uma camisa de força, usando um capuz é desumano – por mais paradoxal que essa expressão possa parecer. A cena de Michonne descobrindo o segredo dele é recheada de suspense e ficamos tensos por saber o que a esperava ao se aproximar da pobre menina. E a luta? Com aquelas cabeças zumbis espalhadas a espera de um pedacinho pra morder? O Governador estava tão martirizado com a “perda” da filha que deixou de lado e sofria carregando o corpo de Penny. Por falar em dor, a cena na qual Michonne fura o olho do Governador com pedaço de vidro arrepia só de lembrar. A sequência toda foi bem elaborada até mesmo o final com o embate que não aconteceu entre Andreia e Michonne.

O resgate em Woodbury foi tenso e orquestrado por pessoas que nem tiveram tempo de se deslumbrarem com o oasis que é aquele lugar. A idéia de salvar Glenn  e Meg já estava tão cimentada que não houve tempo deles questionarem como foram parar ali. Ou seja, seguiram a pista de uma estranha que desapareceu durante o processo. Nem mesmo Daryl pode processar bem o fato do irmão estar vivo e pertencer aquele grupo de Woodbury. Afinal de contas, se Merle está ali, quem garante que o povo daquela cidade não estava apenas se defendendo de estranhos? O grupo de Rick já agiu de maneira parecida, fizeram tudo para se defender e proteger o seu porto seguro. Foi assim com presos, foi assim na fazenda com o prisioneiro que também tinha um grupo em algum lugar. Quem garante que o povo de Woodbury também não são mocinhos e estavam defendendo os seus? Apesar de tudo, até minutos antes da cena final, Merle era apenas uma idéia no campo da imaginação para Daryl. Ele não tinha visto ou conversado com irmão.

E por falar nesta dupla, que belo reencontro. Quando o Governador junta os moradores de Woodbury na arena, começa a discursar sobre a tentativa de invasão… fiquei muito apreensiva. Nos primeiros minutos imaginei que ele se referia a Michonne mas depois só meio Andreia em mente. Ela deixou a amiga ir mesmo depois de tudo que fez com o Governador. Lembro que pensei ser o fim da personagem. Mas eis que para a surpresa geral da nação fã de The Walking Dead, mais uma vez, Merle é abandonado. Crucificado com traidor ele reencontrou o irmão na pior situação possível e vamos torcer para que esse encontro não termine com a morte de nenhum dos dois, afinal, tem muitas histórias que podem sair daí.

Só nos resta aguardar até Fevereiro e correr dos spoilers!