Desafio do Além (The Haunting, 1963 – 112 min)
Drama, Horror.
Dirigido por Robert Wise, roteiro de Nelson Gidding, baseado no romance de Shirley Jackson. Elenco Principal: Julie Harris, Claire Bloom e Richard Johnson.
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Confesso que dos 10 nomes da lista dos filmes para assistir antes de morrer, dentre os que eu ainda não havia assistido, The Haunting era o que me despertava maior curiosidade e ansiedade. Segurei meus ímpetos para assistir a lista em ordem, e mantê-lo como 9º filme, o que, no fim das contas, acabou sendo a coisa mais correta a se fazer, para apagar da minha memória seus dois antecessores e reacender minha fé no bom gosto de Steven Jay Schneider.
O filme conta a história de Eleanor Lance (Julie Harris), que aceita o convite do Dr. Markway (Richard Johnson) para se juntar a um grupo de pesquisadores que deverão passar uma “temporada” em Hill House, uma mansão que ele acredita ser assombrada.
Sou um grande admirador do gênero terror, em particular daqueles que envolvem casas assombradas. The Haunting me lembrou muito Rose Red, baseado em uma história de Stephen King, o que me deixou com a triste impressão de que meu ídolo do terror possa ter plagiado a história de Shirley Jackson. Mas isso não é importante, o que importa aqui é o filme em si, e ele é excelente! Já digo porque:
1. O roteiro é muito bem construído, apresenta bem todos os personagens e todos os seus dramas, deixando a história clara e fácil de entender;
2. Em The Haunting se vê o bom e velho terror pré efeitos especiais, ou seja, não temos aqui um monte de gente morrendo para deixar o espectador com medo, o medo aqui está implícito às cenas. Os sons emitidos pela casa e as situações que envolvem os personagens dentro dela fazem sua parte, amedrontando muito mais do que assustando (tem uma grande diferença entre os dois);
3. Robert Wise (O dia em que a Terra parou) pra mim foi o grande destaque deste filme. Apesar de já conhecer o diretor e a qualidade do seu trabalho, fiquei bastante surpreso com o que vi em The Haunting, que com certeza esse é um dos melhores filmes da era do preto e branco que já assisti no quesito direção.
As atuações não são excepcionais, mas também não deixam a desejar, são boas, mas nada de destaque. O único ponto que poderia talvez ser considerado como negativo seria a protagonista, Eleanor “Nell” Lance, que é chata demais! Em alguns momentos a gente chega até a desejar que ela morra (coitada).
Acho um pouco exagerado esse filme ter sido “apontado por muitos fãs do terror como um dos longas mais assustadores de todos os tempos”, como disse Steven Jay Schneider, e também não concordei muito com a recomendação de não assisti-lo sozinho. Mas de qualquer forma o filme é excelente, assustador, com uma boa história, boa direção e causa esse terror todo sem precisar inundar sua televisão de sangue. Mas cuidado, ao invés de ser um dos 10 filmes para ver ates de morrer, para os cardíacos, esse pode ser o último!
“Uma mente fechada é a pior defesa contra o sobrenatural”
– Dr. John Markway
Uma boa dica para Dani Vidal assistir, já que é um gênero que ela tanto gosta.
Não sei se fico feliz ou triste por ver que tem pelo menos uns 3 filmes desta lista para se ver antes de morrer que nunca assisti.
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Olha Marcio, se for Turkish Delight acho que é melhor morrer do que assistir! heheh
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BEM LEGAL,GOSTO DE FILME DE TERROR DE QUALQUER ANO.
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