Depois de 5 temporadas chega ao fim Breaking Bad, um dos maiores shows televisivos já criados que transformou a indústria do entretenimento e vai deixar muitas saudades. O final foi merecido, coerente e muito emblemático mesmo fazendo parte, claramente, do anti-climax que acompanhou estes 2 derradeiros episódios uma vez que Ozymandias, o 14º episódio, foi o responsável por explodir as nossas cabeças (e de outros importantes personagens) nesta última temporada.

Final anti-climax?

Falar em anti-clímax por mais que pareça algo ruim ou desanimador, quando se comenta no “universo” de Breaking Bad ganha outra conotação. O desfecho para Walter White que se transformou em Heisenberg, aquele que “bate à porta”, foi exatamente o que se esperava e o que seu personagem merecia (em minha opinião fecal). Estava nítido desde o primeiro episódio dessa quinta temporada (estava na placa do carro também) e, de certa forma, foi um final redentor.

Vince Gilligan, a mente criativa por detrás dessa magnífica história, chegou a comentar sobre os outros finais pensados para série e, sinceramente, nenhum seria melhor que este.

O que representou a série para o mundo do entretenimento?

A inovação que Breaking Bad trouxe para a tv é uma lição que vai ficar para os futuros seriados e, principalmente, para a indústria do entretenimento. A qualidade técnica que os episódios traziam consigo estavam sempre acima de boa parte do que é produzido hoje para o cinema.

A forma como o personagem principal foi alterado ao longo dos anos foi algo bastante raro de se ver. De Walter White a Heisenberg, o rei do império azul, muita coisa foi acontecendo e nada de forma gratuita. A evolução do personagem acompanhou a evolução da série de forma assustadora.

Outro ponto muito interessante é a forma como tudo era muito bem amarrado na história, a forma como a gente era apresentado a algo, que a princípio não fazia o mínimo sentido, e que só depois de vários episódios começava a se fechar. E quando esse ‘fechamento’ surgia era sempre de forma apoteótica.

Por tudo o que representou Breaking Bad ao longo do tempo, cada episódio, cada temporada, foi uma aula para todos nós que acompanhamos um dos maiores seriados televisivos já criados.

Mais é mais

Os últimos episódios foram acrescidos de 15 minutos o que deixou uma duração de praticamente 1 hora para cada um deles, parece muito mas se tratando da história apresentada aqui passou tão rápido que pareciam 15 minutos.

Enquanto para muitas outras produções o aumento de tempo era apenas “enchimento de linguiça”, cada minuto acrescido aqui teve um retorno significativo para a conclusão da história.

Baby Blue

A música que acompanhou o fim da série, por si só, diz tudo:

 

Guess I got what I deserved
Kept you waiting there too long, my love
All that time without a word
Didn’t know you’d think that I’d forget or I’d regret
The special love I had for you, my baby blue

All the days became so long
Did you really think, I’d do you wrong?
Dixie, when I let you go
Thought you’d realize that I would know
I would show the special love I have for you, my baby blue

What can I do, what can I say
Except I want you by my side
How can I show you, show me the way
Don’t you know the times I’ve tried?

Guess that’s all I have to say
Except the feeling just grows stronger every day
Just one thing before I go
Take good care, baby, let me know, let it grow
The special love you have for me, my Dixie, dear.

Vai deixar saudades

Breaking Bad terminou e vai deixar muitas saudades. Se você está naquele grupo (nada normal e nada antenado) que ainda não assistiu a série, faça isso para ontem antes que Heisenberg venha bater à sua porta e pedir para dizer o nome dele. Estejam avisados!

Existem vários motivos para que você assista a série, mas o principal é que Breaking Bad entrou para o pequeno e seleto grupo dos seriados que foram espetaculares e que, o mais importante, não deixaram seus fãs na mão quando encerraram.

That´s all Bitches!