Devido a enxurrada de comédias nacionais de qualidade duvidosa que estão sendo despejadas em nossas salas de cinema, não é raro encontrar pessoas que já estejam desacreditadas com produções deste tipo aqui no Brasil. Mesmo sem ser nada de outro mundo, “Mato Sem Cachorro” foge um pouco da mesmice ao conseguir divertir até mesmo essas pessoas desacreditadas por reservar alguns bons e inspirados momentos em meio a conhecida fórmula das comédias de romance.
Na trama vamos acompanhar a história de Deco (Bruno Gagliasso) que após um ‘quase-acidente’ de carro acaba conhecendo os dois amores da sua vida, Zoé (Leandra Leal) e o cachorrinho Guto que sofre de uma “doença rara chamada Narcolepsia Canina” e desmaia toda vez que está sob fortes emoções. O trio se torna uma espécie de família, mas 2 anos depois, Zoé termina o namoro e parte pra outra, o que deixa Deco arrasado e preso ao sofá de sua casa. As confusões começam mesmo quando Deco tem a “genial” ideia de sequestrar Guto que ficou com sua ex-namorada.
A presença dos humoristas Danilo Gentili (que também assina o roteiro com André Pereira, Pedro Amorim e Mau Miranda) e Rafinha Bastos contribui no humor, em contrapartida quando Gentili precisa entregar algo mais do que piadas demonstra que ainda precisa aprender um pouco mais. O elenco é bom e as atuações são competentes, méritos também para a estreia na direção de Pedro Amorim.
É manjado, caminha por uma rua bastante conhecida, mas “Mato Sem Cachorro” está acompanhada de uma boa trilha sonora que traz inserções interessantíssimas de consagrados sucessos do Radiohead (ou ainda referências diretas a Sidney Magal, aliás, diga-se de passagem, a banda que aparece no filme é genial) e, de quebra, ainda apresenta outras diversas referências da cultura pop que preenchem alguns pequenas lacunas na história e fazem tudo valer a pena. Comédias nacionais divertidas assim são sempre bem vindas.
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- Os erros de gravação que surgem durante os créditos além de engraçados demonstram que o elenco estava também se divertindo muito.
- As participações especiais de Sidney Magal e Sandy são bem legais também.
- Sim, era um dos desacreditados no cinema nacional e estava bem reticente em encarar este filme, que se tornou uma grata surpresa.
- A pelúcia que é utilizada no lugar do cachorro em algumas cenas poderia ser melhor escovada e tratada né?
Mato Sem Cachorro (2013 – 122 min)
Comédia, Comédia RomânticaDirigido por Pedro Amorim com roteiro de André Pereira, Pedro Amorim, Malu Miranda e Danilo Gentili. Estrelando: Danilo Gentili, Bruno Gagliasso, Leandra Leal, Leticia Isnard, Enrique Diaz, Felipe Rocha, Gabriela Duarte, Sandy, Rafinha Bastos, Sidney Magal, Paulinho Serra e Elke Maravilha.
Pois é, não é nada demais, mas é um filme divertido, com um roteiro que não afronta nossa inteligência e boas sacadas, principalmente nas referências à cultura pop e trilha sonora. Quanto a participação de Sidney Magal, é legal, mas aquela piada infame do “meu sangue ferve” não precisava, rs.
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Tá, é feia mesmo. Acho que a presença das suas canções foram mais interessantes do que ele em si hahaha
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tu quase me convenceu,mais ainda acho que vai ser sofrível essa parada,sei se encaro não….. fui 🙂
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hahahahah vá lá. Espere então aparecer na tv e assista. Se você pelo menos gosta de cachorros tem chances ainda maiores de se divertir com este filme.
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Eu até simpatizei com este daí quando vi o trailer, diferentemente daquela coisa insuportável do Passado me condena, mas como a Vanessa mencionou não foi suficiente para me motivar a dar uma chance. Bom saber que vale alguma que daí assisto quando chegar no Telecine.
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É, filmes com Leandra Leal dificilmente são uma total perda de tempo. Geralmente (eu disse geralmente) ela escolhe bem seus trabalhos.
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Tem cara de ser um filme bem fraquinho e sem sal, acertei ? Não me cativou não.
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Ao contrário do que aparenta é um filme divertido e bem redondinho.
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hilario, é bom, os filmes brasileiros estão evoluindo muito bem.
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