Após 10 episódios chegou ao fim a 1º temporada de uma das mais novas séries exibidas na HBO, “The Leftovers”. Baseada no livro escrito por Tom Perrota e com o nome de Damon Lindelof à frente, uma das mentes que criaram “Lost“, o apelo e interesse da série para os primeiros episódios estava garantido, mas com o passar do tempo e agora com final da primeira temporada as opiniões em torno da série são, em sua maioria, não muito animadoras.
Sobre a 1º Temporada
Quando 2% da população mundial desaparece (some mesmo, igual a éter) abruptamente, o mundo (os que ‘sobraram’) se esforça(m) para compreender o que aconteceu e buscar respostas para este fenômeno. Seitas são criadas, alguns procuram conforto na religião por acreditarem ter presenciado o arrebatamento e outros simplesmente tentam seguir adiante.
Desde o início “The Leftovers” procurou girar muito mais em torno do drama dos habitantes da fictícia cidade de Mapleton do que propriamente em criar mistérios e resolvê-los a cada instante. Tem muita coisa de Lost e talvez o principal seja a falta de respostas imediatas, o que acabou desagradando muitos que entraram de cabeça na série esperando por respostas e mais respostas.
O que veio de bom da outra série do Lindelof aparece de forma mais comedida, teve um episódio bem trabalhado na questão dos flashbacks mais pro final da temporada que contribuiu para fazer o espectador entender o peso e o fardo que alguns personagens estão carregando e, principalmente, o porquê de algumas atitudes tão drásticas ou insanas.
Não existiram grandes ganchos ou momentos de deixar você com uma vontade louca de assistir o próximo episódio e o final dessa primeira temporada seguiu essa linha. Demonstrou o que está por vir mas sem deixar ninguém de cabelo em pé e nem com a real necessidade de acompanhar a série “ao vivo” já que os episódios estavam sendo exibidos aqui no Brasil juntinhos com o horário de exibição de lá fora.
Seguir adiante?
Um dos pontos fortes da série são alguns personagens bem intrigantes como um dos principais que é o xerifão da cidade. Com sua família totalmente dividida e separada, além de tentar colocar a cidade em ordem em meio a seitas que desafiam as pessoas e um padre que não mede esforços para demonstrar “a verdade” (a que ele acredita) – aliás diga-se de passagem, particularmente para mim o episódio 3 centrado no padre é o melhor da temporada, um padre em dia de fúria – precisa tentar ajustar a sua vida e tentar se reconectar com a sua família.
Fora alguns personagens (nem todos são bons, tem alguns bem desnecessários a começar pelo o da Liv Tyler) a série trabalha muito bem em questionar a existencialidade humana e suas vulnerabilidades.
Deixar para trás?
O problema maior está em não saber até onde o seriado vai. Será que estenderão a trama além dos seus limites? Existe também uma dose um tanto quanto exagerada de pretensão dos criadores da série. Os mistérios em sua maioria não são suficientemente instigantes a ponto de deixar o espectador louco pela trama e isso as vezes chega ser irritante em meio a toda a sua ‘pseudo-inteligência’ escondida nas entrelinhas.
Existe uma sensação que pode acompanhar alguns de que nada de realmente importante está acontecendo ali e isso para a longevidade de um seriado televisivo é complicado, uma vez que tudo ainda depende de retorno financeiro dos investimentos.
Da mesma forma que não existiu grandes ganchos entre os episódios, por mais que o terreno para a segunda (e já confirmada) temporada esteja bem preparado, nada do que aconteceu nessa season finale é arrebatador e, por isso, a segunda temporada deverá ser assistida ainda por muita gente, mas dúvido que existam muitas pessoas sem conseguir dormir aguardando o retorno da série no ano que vem
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- Bom, talvez o fato dessa 1º temporada não ter terminado de forma tensa seja bom, afinal passar meses em ansiedade esperando pelo retorno de um seriado nem sempre faz muito bem, não é mesmo?
- No geral acredito que é uma série que fique no meio termo em minha opinião fecal mas que mesmo assim continuará na minha watchlist. Por mais que não esteja no topo dos meus seriados favoritos, existe algo que me move a continuar assistindo.
- Eu não vou esperar a genialidade de Lindelof aflorar até o fim da série, deverei ler o livro de Tom Perrota ainda este ano. O seriado não deve ser igual mas conhecer a sua “essência” me parece algo interessante no momento.
- Assistiu a série? Gostou? Pretente continuar ou vai desistir?
Realmente não empolga muito, mas ainda quero continuar a assistir, alguns momentos despertaram o interesse e me fizeram continuar com a série.
Eu li alguns comentários de pessoas frustradas com o livro, por esse focar no comportamento e a maneira das pessoas lidarem com as perdas, e não em responder os mistério sobre o desaparecimento.
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Entendi, sinal que a série deve estar mesmo bem próxima do livro. Também vou continuar assistindo, tem algo mesmo nela que nos mantém ainda com interesse
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Eu gostei bastante da série e me parece ter ótimos ganchos para uma continuidade. O fato de ver que o protagonista parece estar sendo requisitado por uma força maior para fazer parte de um problema de escala mundial, além de atuações muito boas me fazem esperar ansiosamente pela próxima temporada.
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Eu achei uma série bacana e instigante, mas não a ponto de me deixar louco esperando pela próxima temporada o que, como comentei no texto, pode ser até bom.
Vou continuar assistindo com certeza.
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