Um orçamento maior não garante o dobro da diversão, sem contar que a segunda vez é ‘sempre pior’, são apenas algumas das menções deixadas na sequência de “Anjos da Lei” que, apesar de possuir até alguns momentos geniais não deixa de ser ironicamente isso mesmo. Trazendo novamente como pano de fundo uma história de ‘bromance’ (romance entre brothers), “Anjos da Lei 2 (22 Jump Street)” sabe brincar com o fato de ser uma continuação utilizando-se da metalinguagem e se ‘auto depreciando’ de uma maneira que torna as repetições (das piadas, gags e situações) menos chatas e cansativas.
Na trama vamos acompanhar mais uma vez a dupla de policiais Jenko (Channing Tatum, “Para Sempre“) e Schimidt (Jonah Hill, “O Lobo de Wall Street“) em uma missão de inflitragem. Dessa vez ao invés do colégio eles precisarão se infiltrar em uma universidade para descobrir e capturar um novo traficante que está distribuindo uma nova droga entre os alunos. Em meio a missão Jenko acaba conhecendo um sujeito que parece ser uma amizade perfeita para ele, o que acaba abalando o relacionamento com seu companheiro de missão (e de vida) e, de quebra, atrapalhando um pouco a missão.
A dupla Tatum e Hill continua com uma boa química e dá para perceber que aconteceu muito improviso nas cenas, o que gerou alguns momentos divertidos e outros que acabam perdendo um pouco o ‘timing‘ cômico, mas no geral segue com a ideia de brincar um pouco com algumas referências da cultura pop e, ao mesmo tempo, apresentar uma verdadeira história de romance entre os dois, com direito a obstáculos a serem superados, separação, luta para a reconciliação e o final feliz. No geral, “Anjos da Lei 2” não é tão hilário quanto o seu antecessor, ainda assim reserva ao espectador algumas sequências bem engraçadas e divertidas e que fazem valer até mesmo a perda de ritmo que acontece durante o meio do filme.
Talvez o fator ‘surpresa’ tenha se perdido um pouco e feito parecer como que “Anjos da Lei 2” seja um filme ‘menor’ que o primeiro, ainda assim o talento cômico apresentado por Tatum e Hill realmente salva o filme, é incrível como os dois personagens se completam e são, de fato, feitos um para o outro. É impossível não torcer pelos dois e não querer acompanhar a história até o fim rindo e torcendo para que tudo acabe bem. Mesmo não sendo tão genial quanto o primeiro, trata-se de uma produção divertida e que reserva alguns momentos bem interessantes, sendo que o principal deles acontece durante os créditos que são inesquecivelmente hilários.
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- As ‘sequências’ das ‘próximas aventuras’ apresentadas durante as cenas dos créditos estão entre as melhores já criadas neste mundo do cinema. Piadas incríveis e com direito a algumas participações especiais geniais.
Anjos da Lei 2 (22 Jump Street, 2014 -112 min)
ComédiaDirigido por Phil Lord e Chris Miller com roteiro de Michael Bacall, Oren Uziel e Rodney Rothman. Estrelando: Jonah Hill, Channing Tatum, Ice Cube, Amber Stevens, Jillian Bell, Wyatt Russell, Peter Stormare e Nick Offerman.
Achei meio divertido e meio ruim. Você foi generoso na classificação quanto as estrelas.
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Fui benevolente porque apesar dos pontos ruins os momentos divertidos acabaram valendo o filme para mim, principalmente aquelas cenas durante os créditos
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Um filme que não liguei quando saiu em sua primeira versão, justamente por ter o Tatum tentando ser engraçado, coisa que ele tenta não ser, mas sua própria figura desengonçada para a interpretação já exala tal reação.
O mais legal é que aqui ele parece ser ele mesmo e se sai muito bem, pena ele insistir em fazer outras coisas. Podia ficar sendo um Jumper Street por toda a vida cênica. É divertido dentro de seu próprio universo e por isso merece algum elogio mesmo.
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Confesso que o primeiro encarei mais pelo Jonah Hill e acabei gostando do Tatum também, não tenho grandes ressalvas contra o rapaz hehehe
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Eu achei que eles acertaram de novo na piada e fizeram mais do mesmo de uma forma diferente e tão divertida tanto
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Eles acertaram em algumas coisas sim, mas eu achei o primeiro mais engraçado e me divertir mais do que nesse aqui que, como escreve, não deixa de ser ‘válido’ e engraçado também
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