Desde que adquiriu a Marvel, a Disney ainda não tinha lançado um produto que mesclasse os ‘dois mundos’ e, “Operação Big Hero (Big Hero 6)”, pode-se dizer que é o debut dessa mescla já que é a primeira animação da Marvel lançada pela Disney. Doce, belo e muito divertido, é mais um daqueles filmes ‘para todas as idades’, capaz de fazer adultos e crianças saírem felizes e bastante satisfeitos do cinema.
Na trama somos apresentados a Hiro Amada, um garoto prodígio que aos 13 anos participa de lutas clandestinas com um robô que criou para fazer uma grana. Sempre tentando protegê-lo deste mundo ‘marginal’, seu irmão mais velho Tadashi o atrai para algo mais útil e digno e o leva até o laboratório de sua faculdade. Uma vez lá ele é desafiado a inventar algo surpreendente, mas sua invenção é envolvida em uma grande tragédia. Deprimido e desesperado, Hiro vai encontrar, de forma inesperada, auxílio do robô inflável criado para ser um agente de saúde pelo seu irmão chamado Baymax.
Sem entrar em muitos detalhes na trama, a graça de “Operação Big Hero” está na forma como Hiro vai tentando transformar Baymax em um super-herói para combater um terrível inimigo que surge na cidade de “São Fransokyo” (uma mistura de São Francisco com Tokyo). Ele vai contar ainda com o apoio dos amigos de seu irmão e, partir daí, numa pegada que lembra muito “Os Incríveis” o filme segue mesclando muito bem humor com diversão em uma aventura que faz jus tanto à magia Disney quanto à ‘pegada’ mais aventuresca e heróica da Marvel.
As referências a todo universo de super heróis da Marvel não é toa já que a animação é baseada em um quadrinho chamado “Big Hero 6” (homônimo ao título original do filme). O ritmo é bom e mesmo que o roteiro não seja perfeito já que o vilão não é bom o suficiente para a qualidade dos heróis apresentados aqui, principalmente a dupla Baymax e Hiro que é de uma lindeza poucas vezes vista em produções do gênero, o filme consegue prender a atenção e manter interesse na história e no destinos dos protagonistas até o seu desfecho.

Não é perfeito, mas “Operação Big Hero” é mais um acerto da Disney que soube investir muito bem o seu dinheiro e fazer excelentes aquisições, tem diversão, tem emoção, tem muita ação e aventura, uma animação completa e que, infelizmente, parece ter passado um pouco desapercebida nesse período de final de 2014 e início de 2015 em nossos cinemas.
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Na sessão que eu fui, uma das várias crianças que estavam na sala, perto do final do filme, falou pra todo mundo ouvir:
– Mãe, não chora. Não chora mãe, é só um desenho!
(pausa dramática)
– Se bem que dá mesmo vontade de chorar viu.
Fofura plus!
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- Mais um filme com homenagem/participação de Stan Lee.
- Vários personagens dos quadrinhos “Big Hero 6” não aparecem no filme devido a questões de direitos autorais, já que nos cinemas alguns personagens pertencem a outras empresas como a Fox.
- Justiça seja feita, a dublagem nacional apesar de contar com nomes que podem arrepiar como o de Marcos Mion (e outros apresentadores de Tv) está muito boa e num nível profissional. Merece os meus parabéns a direção de dublagem deste filme.
Operação Big Hero (Big Hero 6 , 2014 – 102 min)
Animação, Comédia, AventuraDirigido por Don Hall e Chris Williams com roteiro de Don Hall, Jordan Roberts, Duncan Rouleau e Steven T. Seagle. Vozes na versão dublada por: Robson Kumode, Márcio Araújo, Silvia Suzy, Leonardo Camilo, Marcelo Pissardini, Felipe Grinnan, Carlos Seidl, Marcos Mion, Kéfera Buchman, Fiorella Matheis e Robson Nunes.
Pois é Márcio fiquei surpreso com a dublagem, principalmente do Marcos Mion. O filme é excelente e poderia entrar no panteão de clássicos da animação se o vilão fizesse jus ao nível restante, ainda sim é muito bom em quase tudo.
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Stan Lee não aparece só no quadro. 😛
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Sim, tem razão e depois eu vi os easter eggs de Frozen também
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Esse “mãe não chora”, foi ótimo. rsrsrs.
E acho que o grande trunfo do filme é mesmo Baymax, não apenas Hiro querendo tornar ele herói, mas o personagem em si.
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