Indicado a 5 Oscars, dentre eles o de melhor filme, “A Teoria de Tudo (The Theory of Everything)” é apenas mais uma das várias biografias que estão concorrendo à premiação ‘máxima’ do cinema neste ano de 2015. Contando com duas grandes atuações na linha de frente, o filme segue a incrível trajetória de vida de um dos mais renomados astrofísicos da atualidade, Stephen Hawking, mas com uma visão mais aproximada para a sua primeira esposa Jane Hawking que escreveu livro que é base para esta adaptação.
A trama segue então a trajetória do jovem Stephen Hawking (Eddie Redmayne, “O Destino de Júpiter”) que, aos 21 anos, em meio a descobertas importantíssimas que vem tendo descobre que possui uma doença degenarativa. Com um diagnóstico nada bom, em que lhe é dito que irá perder todos os movimentos de seu corpo (bom, quase todos já que o futuro lhe reserva uma enxurrada de herdeiros) e de quebra que só possui mais 2 anos de vida, ele vai contar com o apoio e dedicação intensa de seu grande amor Jane Wide (Felicity Jones, “O Espetacular Homem-Aranha 2”) que logo se torna uma Hawking para lhe ajudar a conquistar grandes vitórias em sua vida.
A direção do James Marsh carrega um pouco no melodrama mas trabalha muito bem com o elenco. Se o Eddie Redmayne que se dedicou ao papel de maneira quase doentia e obsessiva para ficar o mais próximo do cientista da vida real, dedicação que é do jeito que o Oscar adora, está muito bem no papel, a adorável Felicity Jones por sua vez não fica atrás e entrega uma atuação muito interessante e merecedora da indicação ao Oscar deste ano.
“A Teoria de Tudo” foca muito na luta e na dedicação de sua primeira esposa e funciona muito mais por conta das excelentes atuações do que por suas qualidades enquanto obra cinematográfica. O quão é próximo da realidade não dá para se saber ao certo, ainda que o próprio Stephen Hawking tenha dito ter se visto em algumas cenas, a verdade é que o filme poderia muito bem se chamar “A Mulher do Stephen Hawking”, devido ao direcionamento da história e da sua visão apresentada.
No final das contas, por mais que não seja perfeito, “A Teoria de Tudo” é o tipo de obra que funciona por conta da entrega dos atores e que traz uma trajetória interessante de se conhecer e, como de praxe em obras deste tipo, de redenção e superação, deixam alguns manjados mas sempre pertinentes ensinamentos de vida.
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- Para compor o personagem Eddie Redmayne ficou tão obcecado com a proximidade física com Hawking que chegou a ficar com a sua espinha um pouco torta.
- Foram precisos quase 3 anos para convencer Jane Hawking a permitir a adaptação de seu livro para a telona.
- Minha classificação oscila entre 3 ou 4 controles, de 0 a 10 daria uma nota 7 ao filme.
A Teoria de Tudo (The Theory of Everything, 2014/2015 – 123 min)
Drama, Biografia, RomanceDirigido James Marsh com roteiro de Anthony McCarten adaptando livro escrito por Jane Hawking. Estrelando: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior, Harry Lloyd, David Thewlis, Tomas Morrison, Emily Watson, Charlie Cox e Simon McBurney
dos indicados ao Oscar foi o que menos gostei (falta ainda sniper americano), mas considero um filme razoável. a atuação do redmayne implora por um Oscar e se vencer é merecido… porém prefiro atuações como a de keaton e a de david oyelowo.
achei tudo muito apressado e coisas interessantes ficaram faltando, como o processo criativo para escrever os livros… filme simples e pouco original… pra ver uma vez e nunca mais.
3 estrelas de muito bom tamanho.
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Pois é, um filme bonitinho sim e bem atuado, mas acredito que pra Oscar de melhor filme seja um pouco de exagero ou falta de opção.
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Concordo bastante contigo Márcio. Estes filmes indicados, no geral, não trouxeram muitas divergências entre nós, percebeu? Isso é bom por um lado, mas, a meu ver, revela algo não muito agradável, os filmes são planos, ou seja, seguem uma linha simplória, fácil e de pouca reflexão. Com raras exceções entre os indicados este foi o quadro geral dos filmes concorrentes do ano.
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Raras exceções realmente
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Pois é, pra mim dos oito indicados é o filme mais fraco. E um dos pontos que mais incomoda é exatamente esse que você aponta, o foco em Jane e não em Stephen Hawking. Ok, o livro é dela, mas, o filme não precisava ser tanto…
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Pode até ser o mais fraco, mas pessoalmente o que menos gostei foi Sniper Americano
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Eu gostei do filme, mas é mais sobre Jane do que Stephen. As atuações colocam o filme acima da média.
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Sim, eu também acho que ele fica acima da média e é mesmo um bom filme.
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Eu achei um filme bacana e agradável =D não fica pegando pesado no drama dele, tipo sensacionalista rs e gostei de rever Cambridge nas cenas =D
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É um filme bonitinho mesmo, e as atuações fazem ele valer a pena 🙂
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Eddie Redmayne mereceu o Oscar de melhor ator, eu gostei do filme também, mais Birdman foi melhor em outros requisitos, depois de o Senhor dos anéis: o retorno do Rei, que fiquei na torcida e ganhou, também torci pra Birdman e ganhou…\o/
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Torcida forte e pé quente a sua, não quer começar a torcer pro meu time pra ver se ele sai da segunda divisão não? hehehe
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