Falta muito a Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials) para se tornar um grande blockbuster, faltam melhores atuações e um melhor desenvolvimento da história, culpa esta que talvez possa ser aplicada a James Dashner que é o autor dos livros dos quais os filmes são adaptados. Mesmo assim, o segundo filme da franquia da “correria” possui o suficiente para superar o fraco primeiro filme, boas cenas de ação, sequências interessantes de perseguição e um trabalho mais apurado no CGI.
A trama acompanha Thomas (Dylan O’Brien) e seus colegas clareanos — Teresa (Kaya Scodelario), Caçarola (Dexter Darden), Minho (Ki Hong Lee), Newt (Thomas Brodie-Sangster) e Winston (Alexander Flores) mais uma vez tendo que correr para salvar as suas vidas. Após serem resgatados quando saíram do labirinto criado pela C.R.U.E.L, eles vão para em um novo complexo onde os habitantes fazem uma espécie de “rodízio da salvação” entre os jovens que lá chegam. A treta se inicia quando Thomas conhece o esquisito Aris (Jacob Lofland), juntos eles descobrem que a corrida sem fim da humanidade para conseguir a cura para a doença que praticamente dizimou o nosso planeta, o Fulgor, esconde planos que vão por a vida deles e dos outros jovens em grande perigo.
Se no primeiro filme os jovens eram uma espécie de ratos de laboratório presos num mundo diminuto, um labirinto “intransponível”, Maze Runner: Prova de Fogo avança na história e nos cenários. Ao ganharem o mundo muitas portas se abrem e a história, ainda que não muito bem destrinchada, se amplia para novos horizontes. Horizontes estes que levam a algumas sequências com uma bela ‘fotografia’ (tem muito CGI na verdade) no deserto apocalíptico que o mundo se transformou.
É uma pena no entanto que o elenco oscile bastante, Dylan O´Brien assim como seu personagem (o protagonista da trama) é bastante vacilante e não inspira muito carisma e confiança. A presença do Giancarlo Esposito (excelente em Breaking Bad) também fica devendo um pouco, mas algumas outras como as de Praticia Clarkson e do Aidan Gillen (o Mindinho de Game of Thrones) são interessantes e acabam equilibrando um pouco as coisas. Existem vários outros personagens apresentados aqui neste segundo filme, mas a maioria deles são descartáveis, alguns inclusive aparecem e somem sem nem deixar saudades.
Outros pontos negativos em Maze Runner: Prova de Fogo ficam por conta da história e do universo no qual ele é ambientado. Não cheguei a ler este segundo livro (li o primeiro e não gostei muito, na verdade o 1º filme mesmo sendo mediano é mais acertado que obra original), mas toda essa tramamóia apocalíptica possui umas escolhas bem estranhas para os nomes como, por exemplo, a da tal organização W.C.K.D. (World Catastrophe Killzone Department) que em português seguiu a ideia original e se chama C.R.U.E.L. (Wicked), ou ainda o nome dos ‘bichos’ como Verdugos, Cranks (parecidos com os ‘Estaladores‘ do jogo The Last Of Us do PS3) ou até xingamentos como trolha, e por aí vai. Outro ponto discutível é a segurança do local. Um complexo preparado para confinar jovens super inteligentes que escaparam de labirintos ‘insolúveis’ deveria ser melhor pensado, principalmente se seus dutos de ventilação são de fácil acesso e levam a locais que deveriam ser secretos que são transpostos utilizando cartões de acesso de seguranças que não notam que foram roubados após muito tempo.
Só que apesar dos problemas o diretor Wes Ball parece retornar com gosto de querosene. Maze Runner: Prova de Fogo se sobressai mediante outras obras do universo ‘jovem adulto’ como ‘Divergente‘, ou ainda outras que sequer tiveram uma sequência, com muita ação e algumas cenas de perseguição muito boas. Um bom exemplo é a sequência em que Thomas e Brenda saem dos esgotos e atravessam dois prédios em ruínas e semi-desabados lutando por suas vidas enquanto alguns Cranks surgem querendo devorá-los. São essas sequências e alguns momentos de tensão (principalmente no início da história) que acabam fazendo valer o ingresso de quem procura se divertir. Só é triste notar que, mais uma vez, precisemos ser enganados com um péssimo desfecho só para forçar um gancho para a próxima sequência. É como se uma criança estivesse reiniciando seu joguinho para começar tudo de novo.
Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials, 2015 – 131 min)
Ficção Científica, Ação, ThrillerDirigido por Wes Ball com roteiro de T. S. Nowlin adaptando romance escrito por James Dashner. Estrelando: Dylan O’Brien, Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Ki Hong Lee, Dexter Darden, Alexander Flores, Jacob Lofland, Rosa Salazar, Giancarlo Esposito, Praticia Clarkson, Aidan Gillen e Lili Taylor
Mano, o filme é simplesmente Fodä. Achei que o 2 seria uma merda pois as maiorias das sequencias são assim, porem me surpriendeu muito. o 1° filme é bom, o 2° é muito bom…
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eu gostei mais do primeiro do quê desse, esperava mais…faltou um pouco mais de mistério e mais ação!
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