Crítica | Amores Canibais

Segundo filme da diretora Ana Lily Amirpour, Amores Canibais é definitivamente uma experiência estranha. Tudo tem início com a expulsão da jovem Arlen (Waterhouse) do território do Texas apenas com um cheeseburger e a roupa do corpo. Ela é considerada como mais um exemplar do tal lote estragado do título original (Bad Batch) e terá que se virar em um ambiente hostil.

Os problemas surgem rapidamente quando Arlen é capturada por canibais e tem um braço e uma perna amputada. Ela está presa em um lugar repleto de puxadores de ferro sedentos por proteína humana. Pelo o que podemos entender, os capturados ficam por ali e tem seus membros decepados aos poucos, tudo depende da fome dos captores. O fato é que a garota não vai desistir da liberdade tão cedo e terá que encontrar uma maneira de sobreviver neste mundo distópico. O Homem de Miami (Momoa) é um dos canibais e obviamente irá se deparar com Arlen em algum momento.

Amores Canibais tem um ritmo mais lento e conta com uma competente trilha sonora eletrônica de Nicolas Jaar, além de uma fotografia que ressalta a aridez do deserto. É uma pena que o roteiro seja bagunçado, jamais conseguindo definir o tipo de filme que temos diante de nós. A trama tem um desenvolvimento raso e as coisas vão piorando a medida que chegamos no final. Não há um clímax digno de ser lembrado, bem longe disso.

Infelizmente, tudo soa superficial aqui. A ideia de um vilarejo comandado por um messias que oferece música e drogas ao povo é promissora, mas não vai a lugar algum. No final das contas, temos essa sensação em várias cenas de Amores Canibais.

Apesar dos problemas notórios, há qualquer coisa de atraente neste mundo bizarro. Talvez seja o ritmo mais calmo com a trilha sonora viciante, com direito a uma música do White Lies na cena final. Ou talvez a expectativa de que algo sinistro está sempre para acontecer. Pena que só fica na expectativa.


Classif.: 3 de 5

Amores Canibais

Título Original: The Bad Batch
Direção: Ana Lily Amirpour
Roteiro: Ana Lily Amirpour
Elenco: Suki Waterhouse, Jason Momoa, Jayda Fink, Jim Carrey, Keanu Reeves
Ano: 2016
Duração: 1h 58min
Info: IMDb


2 comentários sobre “Crítica | Amores Canibais

  1. Sempre fico pensando em ver esse filme e nunca me animo a dar play. Pior que tem até um plot/universo itneressante mas parece mesmo que eles se perdem né.

    De qualquer forma fiquei curioso

    Curtir

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s