Crítica | Zumbilândia: Atire Duas Vezes (Zombieland: Double Tap)

Nem parece que se passaram 10 anos desde o lançamento do primeiro filme. Para o bem ou para o mal essa é a sensação que fica ao assistir a “Zumbilândia: Atire Duas Vezes“. O mundo mudou, algumas piadas e situações que eram comuns (normais, nunca) e fazia muita gente rir eram outras. Menos para os responsáveis por esta continuação que preferiram apostar nas mesmas ideias e no mesmo humor da década passada, com uma ou duas boas piadas apenas, para acrescentar a um gênero que já demonstra o seu desgaste.

Na trama acompanhamos o quarteto mágico de Zumbilândia enfrentando novos e poderosos (nem todos…) zumbis, conhecendo novas pessoas e se aventurando e lutando em prol de uma união, familiar, que começa encontrar novos desafios.

Sim, pois é.

Dirigido pelo menos cineasta responsável por Venom, Ruben Fleischer, Zumbilândia ‘2‘ parece, na maior parte dos seus quase 100 minutos de projeção, um filme totalmente dispensável não fosse por duas ótimas piadas (uma delas envolvendo um serviço de transporte por aplicativo) e, claro, a ESPETACULAR cena que rola em seus créditos. Dar qualquer spoiler seria estragar o que de melhor o filme possui, aqueles 2 ou 3 minutos de puro deleite que surgem quando tudo parecia (e era) sem propósito.

As atuações não comprometem, principalmente Emma Stone e também os atores (que fazem uma bela ponta) Luke Wilson e Thomas Middleditch. Eles roubam mesmo a cena quando surgem lá pelo meio da história. Fora isso, o que temos é uma sucessão de gags e ‘piadocas‘ que nem deveriam mais existir, algumas inclusive bastante machistas.

Double Tap!

É óbvio que a saturação em torno do subgênero zumbi contribui um pouco para essa sensação de “falta de novidade“, mas não ajuda também o fato de não existir o mínimo de esforço para entregar um filme de qualidade. Você pode ir na sessão – e deve ir ver com seus próprios olhos e tirar suas próprias conclusões como sempre gosto de frisar – e dar boas risadas e se divertir, afinal, em sua essência é essa é a proposta do filme, mas entender o porquê dele existir, é uma tarefa mais complicada do que matar o tal zumbi T-800.

Ter a mesma ‘vibe’ do seu filme anterior, lançado uma década atrás, pode ser encarado como ponto positivo ou negativo e isso depende do que cada um espera ao entrar numa sala de cinema. Não é papel de nenhuma pessoa dizer o que alguém deve gostar ou não. E se você é o tipo de pessoa que ainda vibra com as mesmas coisas de 10, 20 anos atrás, talvez esse seja mesmo o filme que você deva ir ver, agora, nos cinemas.


Zumbilândia: Atire Duas Vezes (Zombieland: Double Tap)

Direção: Ruben Fleischer
Roteiro:
 Rhett Reese, Paul Wernick e Dave Callaham
Elenco: Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Abigail Breslin, Emma Stone, Rosario Dawson, Zoey Deutch, Luke Wilson e Thomas Middleditch
Gênero: Ação, Comédia, Horror
Ano: 2019
Duração: 93 minutos

3 comentários sobre “Crítica | Zumbilândia: Atire Duas Vezes (Zombieland: Double Tap)

  1. o mundo mudou e o tempo tá passando rápido demais… 10 anos? pqp

    o tema realmente saturou, pra algo do gênero empolgar os criadores tem que botar criatividade e ter um algo a mais, como foi TRAIN TO BUSAN.

    de qq forma, fiquei curioso com a tal cena pós crédito e sou fã do Woody Harrelson.

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    1. A cena pós créditos vale todo o filme e tem até umas coisas que podem tirar alguma risada de você, mas é realmente um filme com um propósito esquisito. Não acrescenta em nada. Acho que de diversão descartável já estamos mais do que bem servidos nesses serviços de streaming

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